O estudo sobre a presença das mulheres em espaços de decisão é pertinente. Trata-se da oportunidade de mostrar à sociedade as diferenças entre os sexos, a especificidade da condição feminina, o trato desigual e o mote imperativo em avançar nas mudanças na vida das mulheres para conquistarmos condições em igualdade ao parceiro masculino. Iniciei nesse campo ao elaborar a dissertação de mestrado, "Mulher Comerciária e Sindicalismo: relações de gênero, relações de poder (um estudo de caso em Belém do Pará)", concluída em 2008 pela UFPA. Percebi que, mulheres ocupando espaços de poder podem fazer à diferença desde que, articulem as demandas de interesse do conjunto da sociedade aos interesses particulares da instância específica as quais pertencem, elaborando a partir da real situação e pautando os pleitos dos movimentos de mulheres.
Concluo que, "As diferenças entre os gêneros no poder serão notadas quando a sociedade estabelecer parâmetros de equidade entre homens e mulheres". Mulher na política trata-se de um desafio a rotina, aos costumes e à moral burguesa, contudo a presença delas na política contribui para avançar positivamente nas transformações sociais.
Dos os primeiros séculos de vida brasileira, quando a mulher era socializada para o lar, comparado aos dias atuais, conclui-se que importantes mudanças ocorreram. Pode-se afirmar que o Brasil mudou e as mulheres que se colocaram na vida púbica demonstraram capacidade política e elaborativa, exemplos não faltam. Alterações significativas no chão desse imenso país têm ocorrido à condição feminina e todos ganharam. No entanto, ainda têm distinções entre os dois sexos. As mudanças reclamadas urgem por melhorias, e o Brasil tem pressa para se tornar uma sociedade justa construída por homens e mulheres.
Sobre a participação das mulheres nas eleições gerais em 2006 se colocou na disputa eleitoral um total de 2.498 mulheres. Dessas, 1.783 candidatas a deputadas estaduais elegeram-se 123 mulheres para as Assembléias Legislativas, (11,61% de 1.059 cadeiras); em 27 unidades apresentaram-se 26 mulheres a governadoras eleitas 03 (11% de total), inclusive no Estado do Pará; das 513 vagas ao Congresso Nacional de 652 candidatas 46 se elegeram deputadas federais (8,97% da casa); e de 35 candidatas que concorreram ao senado, 04 mulheres eleitas senadoras (14,8% do Senado).
Os dados percentuais obtidos mostram que ainda não estamos representadas em par de igualdades, considerando que somos mais da metade da população e há 78 anos conquistamos o direito de votar e sermos votadas, o futuro nos aguarda. Em 2010 a alteração na lei de cotas, como, ao invés de "reservar" usar o verbo "preencher vagas por sexo" fez aumentar o número de mulheres candidatas. O inédito é que temos reais chances de elegermos a primeira mulher à Presidência da República, Dilma Rousseff. A candidata indicada pelo Presidente Lula é a esperança que o Brasil vai seguir as transformações iniciadas no seu mandato, iniciativas aprovadas pela maioria da população. Além disso, o apoio à Dilma é o reconhecimento da sua capacidade de ação pública demonstrada na sua trajetória política.
De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres alguns fatores têm contribuído para o crescimento da presença das mulheres na política e nas eleições, tais como, a ruptura com elementos da cultura patriarcal que reserva aos homens o espaço público; maior abertura dos partidos políticos à participação feminina e criação de Secretarias de Mulheres nos partidos que promovem a formação política das mulheres e o enfrentamento coletivo do medo do poder; adoção de mecanismos de promoção da participação política das mulheres, a exemplo da adoção das cotas por sexo nas eleições proporcionais e para a composição das instâncias de direção nos partidos políticos e outras instâncias. Observa-se que as mulheres que se colocam na militância política ao desenvolverem a rotina da agenda e firmar compromissos no contato com os eleitores e busca de votos, e no exercício do poder demonstram que a prática política pode ser uma ação gratificante e transformadora da sociedade.
Concluo que, "As diferenças entre os gêneros no poder serão notadas quando a sociedade estabelecer parâmetros de equidade entre homens e mulheres". Mulher na política trata-se de um desafio a rotina, aos costumes e à moral burguesa, contudo a presença delas na política contribui para avançar positivamente nas transformações sociais.
Dos os primeiros séculos de vida brasileira, quando a mulher era socializada para o lar, comparado aos dias atuais, conclui-se que importantes mudanças ocorreram. Pode-se afirmar que o Brasil mudou e as mulheres que se colocaram na vida púbica demonstraram capacidade política e elaborativa, exemplos não faltam. Alterações significativas no chão desse imenso país têm ocorrido à condição feminina e todos ganharam. No entanto, ainda têm distinções entre os dois sexos. As mudanças reclamadas urgem por melhorias, e o Brasil tem pressa para se tornar uma sociedade justa construída por homens e mulheres.
Sobre a participação das mulheres nas eleições gerais em 2006 se colocou na disputa eleitoral um total de 2.498 mulheres. Dessas, 1.783 candidatas a deputadas estaduais elegeram-se 123 mulheres para as Assembléias Legislativas, (11,61% de 1.059 cadeiras); em 27 unidades apresentaram-se 26 mulheres a governadoras eleitas 03 (11% de total), inclusive no Estado do Pará; das 513 vagas ao Congresso Nacional de 652 candidatas 46 se elegeram deputadas federais (8,97% da casa); e de 35 candidatas que concorreram ao senado, 04 mulheres eleitas senadoras (14,8% do Senado).
Os dados percentuais obtidos mostram que ainda não estamos representadas em par de igualdades, considerando que somos mais da metade da população e há 78 anos conquistamos o direito de votar e sermos votadas, o futuro nos aguarda. Em 2010 a alteração na lei de cotas, como, ao invés de "reservar" usar o verbo "preencher vagas por sexo" fez aumentar o número de mulheres candidatas. O inédito é que temos reais chances de elegermos a primeira mulher à Presidência da República, Dilma Rousseff. A candidata indicada pelo Presidente Lula é a esperança que o Brasil vai seguir as transformações iniciadas no seu mandato, iniciativas aprovadas pela maioria da população. Além disso, o apoio à Dilma é o reconhecimento da sua capacidade de ação pública demonstrada na sua trajetória política.
De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres alguns fatores têm contribuído para o crescimento da presença das mulheres na política e nas eleições, tais como, a ruptura com elementos da cultura patriarcal que reserva aos homens o espaço público; maior abertura dos partidos políticos à participação feminina e criação de Secretarias de Mulheres nos partidos que promovem a formação política das mulheres e o enfrentamento coletivo do medo do poder; adoção de mecanismos de promoção da participação política das mulheres, a exemplo da adoção das cotas por sexo nas eleições proporcionais e para a composição das instâncias de direção nos partidos políticos e outras instâncias. Observa-se que as mulheres que se colocam na militância política ao desenvolverem a rotina da agenda e firmar compromissos no contato com os eleitores e busca de votos, e no exercício do poder demonstram que a prática política pode ser uma ação gratificante e transformadora da sociedade.
No Pará uma mulher de esquerda, oriunda dos movimentos sociais concorre à reeleição para o Governo do Estado com promessas de acelerar o desenvolvimento. Além de outros feitos, a candidata no atual mandato ressaltou o papel do Estado como planejador das mudanças sociais, implantou medidas para reverter à base produtiva da economia paraense tradicionalmente extrativista, apontando para o beneficiamento de nossas riquezas no próprio Estado, o que levará a abertura de postos de trabalho, emprego e oportunidade de renda. Há muito ainda a praticar e a melhorar nas relações políticas e sociais, mas o atual governo está no rumo certo. Com a reeleição de Ana Júlia e com Dilma dando continuidade ao projeto político de transformações sociais iniciado por Lula, o Pará será bem-sucedido.
Ana Júlia na sua condição de mulher é um tipo feminino celibatário que respeita a sua individualidade, não cede à hipocrisia do gasto manto da virtude que reivindica a propriedade no amor (KOLLONTAI, A., 1982). Por assumir um comportamento libertário na sua vida pessoal, fato permitido aos homens e negado às mulheres, vem sendo sistematicamente atacada pela moral burguesa. A conduta adversária que, já teve sua vez e não mostrou serviço, tem o intuito de segundarizar as mudanças implementadas, transformações que, sem sombra de dúvidas, levam a melhorar a situação da população paraense e valoriza as riquezas locais. Vamos às ruas conquistar votos à reeleição de Ana Júlia para acelerar o desenvolvimento, e ao mesmo tempo, formar opinião pelo respeito à individualidade de todas as mulheres que não renunciam ao sorridente raio da vida mesmo que o seu nome esteja na vida pública.
Outras mulheres se destacam na disputa eleitoral. O PCdoB, em especial, apresenta dezenove mulheres na chapa proporcional e contribui para alavancar transformações tão necessárias à condição feminina. Essas mulheres merecem nosso respeito pela decisão de colocarem seu nome na disputa eleitoral. Iniciativas que sistematizadas contribuem para extrair considerações e melhorar a atuação partidária sobre o ativismo de mulheres políticas que se colocam na luta pela transformação da sociedade, e no caso das comunistas, na perspectiva da conquista do socialismo! Quero coletar dados sobre essa experiência e conto com vocês para continuar refletindo sobre a temática das mulheres em espaços de poder.
Eneida Canêdo Guimarães dos Santos
Mestre em Sociologia
Secretária Estadual de Formação do PCdoB
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