segunda-feira, 5 de abril de 2010

O DESPONTAR DE UM NOVO PARÁ

Esta semana ocorreu um fato de grande importância para o futuro do Estado do Pará. O início das obras para a implantação da Alpa- siderúrgica Aços Laminados do Pará, empreendimento da Vale do Rio Doce, com a entrega pela Governadora Ana Júlia, da licença prévia para a implantação do projeto no município de Marabá.

Juntamente com um conjunto de obras de infra-estrutura como as eclusas de Tucurui, previstas para inaugurar em junho próximo, as obras de derrocamento do Rio Tocantins, que o tornara navegável até Marabá em um primeiro momento, e em um segundo até a cidade de Imperatriz no Maranhão, a construção da hidrelétrica e do porto de Marabá, entre outras.

Este conjunto de empreendimentos criarão as condições para o início da superação do modelo extrativista exportador que predominou até hoje na economia paraense, um dos principais entraves a nosso desenvolvimento, que não agrega valor aos produtos primários de produção e exportação, com baixa capacidade de gerar e distribuir riquezas.

O eixo Marabá-Barcarena, se tornará importante pólo siderúrgico que certamente atrairá outros investimentos. Com condições excepcionais: próximo às fontes de matéria prima, com uma estrutura de transporte hidroviária e ferroviária terá certamente um poder multiplicador. Já está prevista a implantação de outra siderúrgica, a Aline, com investimentos orçados em R$1,5 bilhões para produzir aços laminados a quente e aço galvanizado. Já se fala na possibilidade do desenvolvimento da indústria naval, de vagões ferroviários, entre outras. A perspectiva é da criação de 120 mil postos de trabalho.

Ponto para o Governo Lula e a Governadora Ana Júlia que desenvolveram uma campanha sistemática sobre a Vale do Rio Doce no sentido da implantação do projeto, para verticalizar a produção mineral, agregando mais valor, criando mais emprego e desenvolvimento para o Estado e a região.

Esta é mais uma evidência da necessidade da intervenção do Estado como indutor do desenvolvimento, linha empreendida pelo projeto defendido pelo bloco de forças em torno do Governo Lula, da Governadora Ana Júlia e de sua base aliada, que se contrapõem ao bloco PSDB/DEM que defende a intervenção mínima do Estado na economia na crença que o mercado resolve todos os problemas.

E o exemplo está aí. Nos 12 anos de governo tucano muito se falou em verticalização da produção, mas pouco se conseguiu.

Na verdade, o mercado não se preocupa em resolver os desequilíbrios regionais e a situação social do povo. O mercado é movido pelo lucro, por interesses privados, o Estado é que cumpre o papel de tratar dos interesses públicos, de ter uma visão do todo e traçar estratégias para resolver o conjunto dos interesses da nação e de seu povo
Somente com um esforço concentrado dos Governos Federal e Estadual, e a criação de obras de infra-estrutura essenciais é que se possibilitou dar esse passo decisivo ao nosso desenvolvimento.

A disputa entre esses dois projetos é que será o pano de fundo da disputa eleitoral deste ano: ou dar continuidade e aprofundar o projeto desenvolvimentista reelegendo Dilma e Ana Júlia, ou retroceder ao domínio do deus mercado.


Texto de Neco Panzera

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