segunda-feira, 30 de abril de 2012

PESQUISA ELEITORAL: SE A ELEIÇÃO FOSSE HOJE, EDMILSON E PRIANTE ESTARIAM NO SEGUNDO TURNO

A Pesquisa foi registrada junto ao TSE e TRE/PA em cumprimento ao que dispõe o art. 33º e seus §§ 1º e 2º da Lei nº 9.504/97, assim como o art. 7º da Resolução TSE nº 23.364/201. O Número de registro da pesquisa é PA-00005/ 2012. Ela aconteceu no período de 18 a 21 de abril de 2012. Vale ressaltar a margem de erro de 4,0% sobre os resultados gerais da pesquisa, que totalizou um número de 630 entrevistas. Quem realizou a pesquisa em questão foi a Acertar Ltda.
Neste estudo o método utilizado foi o descritivo para a execução da leitura e interpretação dos dados coletados e na criação do banco de dados e no cruzamento entre variáveis, foram utilizadas técnicas estatísticas e recursos de informática. Os dados foram tabulados nos programas SPSS (Statistic Package for Social Sciences).
Vamos acompanhar a simulação eleitoral

Intenção de voto para Prefeito (Espontânea)

Na intenção de voto espontânea (sem o estímulo dos nomes) para o cargo de prefeito na eleição municipal do ano 2012, os dados da pesquisa mostram que 39,7% dos eleitores de Belém citaram em quem gostariam de votar. O ex-prefeito Edmilson Rodrigues lidera as intenções com 18,9% das indicações, seguido pelo Deputado Federal José Priante que alcançou 6,8%, Arnaldo Jordy obteve 5,2%, Almir Gabriel 4,0%, Zenaldo Coutinho 2,1% e Alfredo Costa obteve 1,7% das intenções de voto espontâneas. Os demais nomes citados não ultrapassaram o índice de 1,0%. Os indecisos somaram 54,9%
e 5,4% afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto.

Intenção de voto para Prefeito (Estimulado)

Na intenção de voto estimulado, com a apresentação de um cartão circular com os nomes de todos os possíveis pré-candidatos a prefeito de Belém, se a eleição fosse hoje, Edmilson Rodrigues obteria 38,1% da preferência dos eleitores, contra 16,1% de Priante – diferença de 22,0%. Seguidos de Almir Gabriel com intenção de voto de 12,4%, Arnaldo Jordy 11,1%, Zenaldo 8,3% e de Alfredo Costa que obteve 3,8%. Os votos brancos e nulos somariam 5,9% e 4,3% encontram-se indecisos.
Potencial de voto e rejeição dos candidatos à prefeitura de Belém

Na investigação da certeza de voto e da rejeição dos seis principais candidatos, nota-se que Edmilson Rodrigues tem expressivos 32,4% de certeza de voto e mais 37,0%, que poderiam votar nele mais também em outro, somando, portanto, um potencial de voto de 69,4%. Sua taxa de rejeição é de 29,8% e a de “não conhece o suficiente” de 0,8%.
Priante soma 62,5% de potencial de voto; 10,2% de certeza de voto e mais significativos 52,4% de poderia votar, rejeição de 35,1% e 2,4% de desconhecimento. Arnaldo Jordy soma 53,5% de potencial de voto (8,4% de certeza, e 45,1% de poderia votar), rejeição de 41,4% e 5,1% de não conhece o suficiente. Zenaldo Coutinho soma 41,1% de potencial de voto (4,6% de certeza de voto, e 36,5% de poderia votar) com rejeição de 49,8% e não conhece o suficiente de 9,0%. Almir Gabriel soma 42,1% de potencial de voto (10,3% certeza de voto e 31,7% de poderia votar) com rejeição de 57,9%. Quanto a Alfredo Costa apresenta 14,3% de potencial de voto (2,9% certeza de voto e 11,4% de poderia votar) com rejeição de 52,7% e não conhece o suficiente de 33,0%.

Avaliação de governo

Avaliação geral do governo Duciomar Costa (03 anos e 03 meses)
A aprovação ao governo de Duciomar Costa após 03 anos e 03 meses de seu segundo mandato atinge 36,2% (3,7% de ótimo, 14,1% de bom e 18,44% de regular positivo) entre a população eleitora de Belém, enquanto a reprovação soma 55,9% (10,5% de regular negativo, 11,1% ruim e péssimo 34,3%) avaliação regular-regular é de 6,8% e 1,1% não souberam opinar.
Em relação às variáveis sócio-demográficas, os segmentos mais desfavoráveis ao governo de Duciomar encontram-se junto às mulheres (56,6%), entre pessoas com 45 a 59 anos, correspondendo a (65,7%). Em relação à ocupação do entrevistado, os mais insatisfeitos são os autônomos (58,4%), os servidores públicos (57,1%) e as donas-de-casa (59,0%).

Operários de Belo Monte decidem volta ao trabalho

Os trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, em greve há uma semana, esperam uma nova proposta de acordo do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) entre hoje (30) e amanhã (1º), para decidir se voltarão ao trabalho na próxima quarta-feira (2).
Na última quarta-feira (25), o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, em decisão liminar, considerou a greve dos trabalhadores ilegal. Os efeitos da liminar, no entanto, foram suspensos temporariamente depois de uma reunião entre as partes, mediada pela Vara de Trabalho de Altamira (PA). Mas se os grevistas não retornarem ao trabalho na quarta-feira, a liminar será aplicada. Ela prevê multa diária de R$ 200 mil.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sintrapav), Roginel Gobbo, disse que os grevistas estão aguardando uma nova proposta do consórcio para então decidir se voltarão ao trabalho na data estipulada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. “Se não apresentarem nada, vamos nos reunir com a diretoria para decidir o que devemos fazer”. O CCBM informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tem previsão de apresentar uma nova proposta e que está aguardando a volta ao trabalho na próxima quarta-feira.
Os trabalhadores reivindicam reajuste do vale-alimentação, dos atuais R$ 95 para R$ 300, e a redução do período entre as baixadas (folga dada aos trabalhadores para que visitem suas famílias em outros estados). A Justiça do Trabalho considerou a greve ilegal, porque o acordo coletivo firmado em novembro do ano passado ainda está em vigência.

De olho


O desembarque de Flexa, Couto e meio ninho tucano dia desses em Canaã dos Carajás para lançar a candidatura do filiado do partido por lá, mostra a importância da cidade.
Que em 2014 deve estar produzindo a mesma quantidade que Carajás produz, ou algo como 4 viagens de trens de 13 vagões cada, saindo por dia da Serra, cada vagão com 90 toneladas de minério, vezes 360 dias ao ano.
Consegue acompanhar as contas?
Os caciques tucanos, não só conseguem entender a conta, como já estão de olho nela.
Fonte:Blog do Bacana.

domingo, 29 de abril de 2012

PCdoB-Belém realiza Encontro sobre Emancipação da Mulher

No último sábado, no auditório da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB seção Pará, realizou-se o Encontro preparatório à 2ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Emancipação da Mulher.

Com a particuipação de dirigentes e militantes do Partido o Encontro desenvolveu intenso e profícuo debate sobre o documento base do Fórum Permanente sobre a Questão da Mulher para a 2ª Conferência.

Houve duas mesas, a primeira com o debate teórico sobre a posição do PCdoB sobre "Qual Emancipação queremos?", apresentado pela dirigente Eneida Guimarães e a segunda apresentada por Leila Márcia Silva Santos, presidenta do Comitê Municipal do PCdoB/Belém e membro do Fórum Nacional permanente sobre a Questão da Mulher, abordando a realidade das mulheres brasileiras e a participação das mulheres nas esferas partidárias.

O Encontro foi coordenado pela Secretária de Mulheres do Comitê Municipal do PCdoB/Belém, Eva Navegantes


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Amaro Lins

Por Paulo Fonteles Filho.


                              

Um dos grandes destaques da caravana de familiares dos desaparecidos políticos na guerrilha do Araguaia de 1980 foi o "aparecimento" da figura emblemática de Amaro Lins.
Amaro Lins era operário no Rio de Janeiro e militava no PC do Brasil desde a sua reorganização em 1962. Foi um dos primeiros a chegar no Araguaia e teve papel destacado na preparação do movimento insurgente, a mais elevada manifestação oposicionista ao tirânico regime dos generais. Como todos os que se deslocaram para a Amazônia teve de largar tudo, o emprego e a primeira familia, que só foi reencontrar na década de 1990 depois de quase trinta anos vivendo em terras paraenses.

O início de sua jornada, em 1967, seguiu a segura rota do Mato Grosso até aportar em Conceição do Araguaia, no Pará. A cidade situada na margem esquerda do rio dos Karajás e fundada pelo dominicano francês Frei Gil de Vilanova, ainda no século XIX, foi o local escolhido pelos dirigentes comunistas para ser o inicial ponto de entrada daqueles que, anos depois, se tornariam guerrilheiros quando as forças repressivas invadiram à região do Bico-do-Papagaio em 1972. 
 
Sabe-se que além da Amaro Lins, outros militantes como Orlando Osvaldo da Costa, Daniel Callado e Paulo Rodrigues teriam passado certo tempo em Conceição do Araguaia estudando a geografia da região, percorrendo as grotas, os caminhos de mata fechada, sempre no sentido de criar bases profundas para o estabelecimento das melhores condições materiais e políticas para enfrentar a ditadura militar brasileira.

Em 1968 já morava em São Geraldo do Araguaia numa gleba na beira do Araguaia com Paulo Rodrigues. Logo se juntaram Daniel Callado e o médico João Carlos Haas, com a tarefa de montar uma farmácia. As tarefas para atender a saúde da população local se confundiam com outras, como as de regatão, no comércio, na agricultura e na pequena mineração.

Por esta época Dinalva Oliveira e o marido Antônio Teixeira já estavam nas imediações, tocavam um açougue e faziam levantamentos geológicos numa região farta em pedras preciosas, como diamantes e ametistas. Ambos, com o endurecimento do regime de excessão largaram o confortáveis empregos de geólogos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), na Bahia. 

O sucesso da luta no Araguaia dependia muito das condições materiais criadas na própria região, na atividade laboral. Não havia recursos de "fora" e o trabalho cotidiano foi um dos alicerces para - além de promover a economia da empreitada rebelde - a integração mais amiúde com os moradores araguaianos e a necessária compreensão das suas necessidades.

Tal economia foi que permitiu a abertura de vilarejos, como o "Patrimônio", na região dos Caianos: Arildo e Áurea Valadão davam aulas na currutela iniciada por Paulo Rodrigues.
Amaro Lins ia sempre na frente, abrindo picadas para introduzir os "paulistas" que depois ficariam conhecidos pelos camponeses como  "o povo da mata".
Nas lonjuras daqueles sertões foi que conheceu e se apaixonou por Neuza e com ela resolveu casar, numa das várias histórias de amor geradas à esteira da preparação do movimento guerrilheiro. Tais histórias de amor precisam ser contadas porque assim falamos da humanidade que só a resistência e a luta pela liberdade podem produzir.

Acontece que a necessidade da preservação da empreitada, cuja a segurança era estratégica, fez com que Amaro Lins tivesse um papel de "elemento de massa" quando as tropas governamentais atacaram as bases da guerrilha em abril de 1972. O apoio material e de informações eram suas principais tarefas.

Na caravana de 1980 Amaro Lins foi apresentado pelo advogado-do-mato Paulo Fonteles aos viajantes e prestou o seguinte depoimento:
"(...) foi em 1972 quando estourou a guerrilha (...) eles passavam pela minha roça e eu já tinha uma criança, o Vladimir e o "Juca" (João Carlos Haas) cuidava amigavelmente. Minha vida era só trabalhar e nada mais. Quando estourou eles entraram para dentro da mata, deixaram uma pessoa cuidando da fazendinha deles. Nessa época três elementos de metralhadora entraram na minha casa e eu não sabia de nada. Tinham prendido um bocado de gente e eu fui delatado (...) chegaram perguntando se eu era o Amaro e disseram-me: 'a guerra estourou' e eu respondi: 'guerra, guerra de quê?'. Um deles me disse: 'o caso é o seguinte: eu já sei de toda tua vida e a finalidade de tu estares aqui, já me contaram tudinho, não adianta mentir' (...) eu respondi: 'se você já sabe não adianta nem eu falar!'. Eles diziam que queriam que eu contasse minha história direito (...) fui levado para Xambioá onde passei nove dias, fui submetido a choques elétricos por três vezes e depois, no dia 22 de abril (de 1972) fui mandado para casa, no dia em que o Vladimir completava dois anos. Antes da sair eles disseram-me: 'tu vai para lá e se aquele "povo da mata" aparecer tu já sabes o que vai fazer, nos comunicar'. Uma semana depois que eu tinha chegado em casa apareceram vinte e dois soldados da Aeronáutica e queriam que eu acompanhasse a tropa até a casa do Pedro 'Onça' que ficava à sete léguas, mais ou menos vinte quilômetros. Naquele momento chegou um amigo da região, o seu Gilberto, com um animal. Fizeram um campo de pouso e prenderam-me de novo. Nessa ocasião senti o medo da morte porque um sujeito disse que eu dava comida para os guerrilheiros. O tal sujeito se chamava Manoel Carneiro e me delatou para ganhar dinheiro. Nos dois fomos humilhados, chegaram a botar aparelho de choque no saco do Manoel Carneiro que afirmava que eu sabia onde estava o pessoal e que fazia dois dias que chegara o pessoal: o 'Juca', Paulo Rodrigues e Daniel (Callado). O comandante parece que percebeu a mentira e pararam com a tortura (...) naquela época vi a Áurea (Valadão) chegando presa em Marabá (...) quando eu voltei vi o Daniel e o piloto dizia que ele ia para o 'Arexim' que por nós é conhecida como 'Marcilinense' (base militar localizada na beira do Araguaia, na atual Piçarra do Pará). A última vez que eu vi o Daniel ele ia sair com oito militares (...) Daniel e Áurea foram mortos covardemente, não foi em combate (...) quando estourou a guerrilha eu morava na 'Água Saloba' e o 'Jorge' (Bergson Gurgão) foi o primeiro a tombar na região. Nessa ocasião o Paulo Rodrigues apareceu junto a minha casa e me disse que havia marcado um encontro com um tal de 'Cearense', que morava perto dele e que era muito amigo (...) o Paulo tinha pedido (...) para comprar pilha e algumas coisas. Eu disse ao Paulo: 'companheiro você não devia ter se identificado' (...) eu vinha de Araguanã  e disse que o tal 'Cearense' não era de confiança. 'Não vá!', disse-lhe.  O Paulo Rodrigues me respondeu: 'será? eu já marquei'. No dia seguinte escutei na beira dos Caianos uma rajada de metralhadora. Pensei: 'acabou com o pessoal'. Uma parente da Neuza chorava e dizia: 'acabaram com o Paulo Rodrigues e todo mundo'. As tropas chegaram de noite, dormiram pela área (...) aquele infeliz do 'Cearense' é que foi o culpado (...) pude ver um helicóptero baixando e pegou o 'Jorge'. Um praça foi baleado e outro morreu em Belém (...) no outro dia Paulo Rodrigues apareceu lá onde eu estava e me disse: 'aquele informe que você deu foi certo mesmo, só não foi todo mundo porque nós fomos vivos mas o "Jorge" ficou' (...) desse dia em diante, ele, Paulo Rodrigues não apareceu mais (...)".

Suas informações, estimulou vários lavradores a falar sobre a repressão praticada pelas tropas governamentais. Em tais depoimentos atestou-se que vários dos desaparecidos na guerrilha foram presos e que, sob a custódia dos militares, foram assassinados e tiveram mãos e as cabeças cortadas. Tal barbarismo era para efeito de identificação, realizadas em Brasília ou em Belém do Pará.

Acerca de sua retomada na atividade política revelou:
"(...) fiquei todo esse período sendo vigiado, isolado. Depois de muito tempo apareceu uma missa diferente e eu estava sem documento e apareceu um padre por nome Aristide (Camió) por lá, celebrando missa com os lavradores, achei a missa diferente e fui conversar com o padre e me identifiquei para ele e contei a minha história (...) estou aqui até hoje e sou membro do Partido (...) o padre me disse: 'hoje vai vir uma pessoa que quer conversar com você'. É quando chega o Paulo Fonteles e desse dia para cá é o dia em que me liguei ao Partido até hoje (...) por intermédio do padre, me liguei ao Paulo Fonteles (...) fui até Belém (...) foi melhor eu não morrer para contar a história da nossa luta (...) estou firme para o que der e vier e caso amanhã precisar de um combatente contra a classe dominante o Amaro ainda tem força para fazer qualquer coisa em beneficío do nosso Partido (...)".

Vai amanhecendo o dia e ao escrever este artigo vou lembrando-me da passagem de Amaro Lins com a família por Belém, no início de 1980. Com os tons rubros da alvorada recordo-me que a família ficou muito tempo em casa, hospedada, coisa muito comum na minha infância.
Por aqueles dias bem distantes tive o primeiro entendimento da luta que meu pai travava e isso aconteceu pelo fato de ter reclamado com "aqueles camponeses haviam ocupado o meu quarto". Tal comentário fez com que rapidamente me respondesse "que não admitia que filho seu falasse assim dos camponeses, pois que eles me dão suas redes para dormir e me protegem a vida". Nunca mais dei um pio e na forma infantil de entender as coisas sabia que eles eram o sal da vida daquela generosa existência ceifada pela vileza do grande latifúndio, em junho de 1987.

Amaro Lins faleceu no início da década passada deixando-nos o precioso legado que só a luta do povo pode engendrar, de muitos combates, sempre por causas justas e civilizatórias.
Neuza Lins e os filhos Vladimir, Carlos, Maurício e Helenira continuam em São Geraldo do Araguaia e seguem o legado do patriarca "de viver a vida do Partido".

São como irmãos que a vida nos dá, irmãos de classe, irmãos da igualdade, irmãos para que a vida prossiga como este sol que vai banhando-me o rosto na exata hora em que tudo amanhece.    

Estados da Amazônia preparam carta para a Rio+20


Enquanto diversos países debatem o esboço de um documento sobre desenvolvimento sustentável que deve ser apresentado na Rio+20, os Estados da Amazônia já têm um.
Governadores e técnicos de nove Estados (AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO) trabalham há dois meses em uma carta de propostas e compromissos que deve ser apresentada no evento.
A versão preliminar está pronta. Agora cada Estado começa a ouvir representantes da sociedade para incluir propostas ou fazer mudanças.
Todos têm até o dia 15 de maio para entregar as novas versões.
Um site para votação de propostas deve estar no ar ainda nesta semana, segundo a secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Nádia Ferreira, uma das idealizadoras da carta.
Chegar a um consenso, diz ela, foi o que demandou mais esforços para chegar às 24 páginas. “Querem nos rotular como iguais, mas não somos.”
Em Mato Grosso, exemplifica Ferreira, o agronegócio é um dos temas de maior destaque. No Amazonas, esse papel cabe à política de incentivo industrial.
Entre os 145 tópicos apresentados no documento, estão a demanda da repartição dos royalties do pré-sal e a implementação de políticas de incentivo para aumentar o consumo de produtos sustentáveis.
A carta também sugere a criação do Conselho de Desenvolvimento Sustentável para a Amazônia Legal até 2013.
“Esperamos que [a união dos Estados em torno de mesmos objetivos] influencie a negociação.”
Por enquanto, a maioria dos pontos está sendo validada pela população no Amazonas, adianta o coordenador do Centro Estadual de Mudanças Climáticas, João Talocchi. A contribuição da sociedade civil tem vindo em forma de adição de propostas, como educação, em encontros organizados pelo Estado.
Exposição - Representantes dos nove Estados da Amazônia Legal também decidiram fazer uma exposição conjunta na Rio+20.
O estande de 600 m² terá exposição de produtos da região e espaço para que Estados com mais biomas, como o Pantanal, o cerrado e a caatinga, exponham suas particularidades. Também haverá espaço comum para eventos. (Fonte: Raquel Bocato/ Folha.com)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Biodiesel de fruto da Amazônia pode levar luz elétrica a comunidades rurais


Um pequeno fruto abundante na Amazônia pode ser uma alternativa para solucionar o déficit de energia elétrica na região, de acordo com um projeto do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
O tucumã, encontrado na palmeira de mesmo nome, se tornou matéria-prima na produção de biodiesel capaz de movimentar geradores empregados no fornecimento de luz elétrica para comunidades rurais.
Pesquisadores do Inpa conseguiram extrair da semente do fruto um óleo vegetal que pode ser transformado em “combustível natural” após um processo químico.
Segundo Sérgio Nunomura, pesquisador do instituto, a necessidade de se criar formas alternativas para a geração de energia levou um grupo de cientistas a desenvolver testes com o tucumã.
“Testes laboratoriais mostraram que é possível movimentar um gerador com o biodiesel de tucumã. Isto poderia contribuir com comunidades isoladas da Amazônia, onde ainda não existe energia elétrica”, explica Nunomura.
Energia como desenvolvimento – De acordo com o pesquisador, atualmente cerca de 500 comunidades do Amazonas passam por dificuldades devido à falta de luz elétrica.
“É um dos principais empecilhos para melhorar o índice de desenvolvimento humano na população do estado. Sem energia, não tem como preservar o alimento, fica difícil o acesso à educação e à comunicação. [O óleo de tucumã] seria uma alternativa natural ao problema”, explica.
A palmeira tucumã dá fruto o ano todo, segundo o Inpa. Cada unidade produz até três cachos contendo cerca de 130 frutos. A produção do biodiesel resolveria ainda um problema ambiental detectado em Manaus: o manejo dos resíduos do tucumã.
Isso porque o fruto é empregado na culinária amazonense, tendo como principal representante o sanduíche batizado de “x-caboquinho”, que é pão, queijo coalho e o fruto picado – iguaria apreciada principalmente no café da manhã.
“Só que hoje, as sementes, principal matéria-prima do biodiesel, vão para o lixo. A produção em massa desse combustível alternativo poderia reutilizar os restos deste fruto, evitando o desperdício”, diz Nunomura.
Ainda não há previsão para início de uma produção em larga escala do combustível, já que o biodiesel ainda segue em fase de testes.
Cadeia produtiva – Entretanto, o pesquisador ressalta que são necessários investimentos maciços em maquinário para conseguir produzir este combustível em massa nas regiões mais isoladas. Sem especificar valores, Nunomura cita, por exemplo, a criação de uma cadeia produtiva para que o projeto de biodiesel natural dê certo.
“É preciso uma organização nas comunidades e investimentos nelas. Quando você leva energia elétrica para essas regiões, gera um grande potencial econômico que precisa ser administrado. Deste modo, a formação de cooperativas é essencial”, disse. (Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)


terça-feira, 24 de abril de 2012

Por valorização, servidores de todo o país cruzam os braços


Trabalhadores do serviço público de todo o país irão fazer uma paralisação massiva nesta quarta-feira (25), exigindo do governo federal a valorização de seus salários. No total, 31 entidades sindicais – entre elas a CTB – apoiam o movimento, que deve ser o primeiro passo de uma campanha de mobilização de toda a categoria.

Para João Paulo Ribeiro, secretário do Trabalhador do Serviço Público da CTB, o Dia Nacional de Lutas marcado para esta quarta-feira (25) será um grande teste para a categoria. “O tamanho da nossa vitória será o tamanho de nossa luta. As repartições serão fechadas em todo o país. Queremos inviabilizar que qualquer espaço público seja aberto. É um absurdo o que está acontecendo. O governo investe em diversas áreas, mas há três anos sequer conversa conosco”, afirmou.

Ribeiro, que também é dirigente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), lembra que durante os primeiros anos do governo Lula houve alguns avanços, mas no período mais recente o funcionalismo público tem estado à míngua. “Posso dar o exemplo da Fasubra: lá não temos reajuste real há três anos. Tivemos apenas a reposição da inflação do período”, destaca.

Na opinião do dirigente, além da desvalorização dos trabalhadores do serviço público, o resultado dessa política do governo federal é alta rotatividade que tem sido vista. “O profissional acaba ficando pouco tempo no cargo. Como não é valorizado, ele acaba prestando outros concursos”, explica Ribeiro, destacando também que essa situação acaba prejudicando os servidores com mais tempo de dedicação ao funcionalismo público. “A prioridade hoje tem sido a de valorizar apenas quem está chegando ao setor público. Aqueles com décadas de trabalho, perto de se aposentar, é que estão sentindo na pele esse problema.”

Melhorias para a sociedade

A organização do Dia Nacional de Paralisação divulgou um documento no qual explica os motivos do protesto. Segundo as entidades, o governo federal tem se mostrado pouco disposto a conversar com as 31 entidades que articulam o movimento. “Sempre com um discurso de austeridade imposto pela crise internacional, até o momento o governo tem dito ‘NÃO’ a todas as demandas urgentes apresentadas pelos servidores para garantir melhorias e consequentemente qualidade no atendimento público”, diz o texto.

“Tratados até agora com descaso no processo de negociações com o governo, os servidores públicos precisam reagir e lutar se quiserem ver atendidas suas demandas mais urgentes. Demandas que são a ponte para se alcançar as melhorias de que o setor público tanto necessita”, dizem as entidades, que nesta terça-feira seriam recebidas por representantes do Ministério do Trabalho, em Brasília.

Fonte: Portal CTB

Cine Olympia completa 100 anos


Cine Olympia completa 100 anos com grande programaçã​o cultural
Um século depois da inauguração do “esplendido e brilhante Cinema Olympia, admiravelmente installado, em soberbo edifício”, como descreveu a reportagem do jornal A Província do Pará de 25 de abril de 1912, um dia depois da abertura, o espaço ganha uma grande programação com direito a recital com execução da Valsa Olympia, tocada na estreia do cinema, exibição de filmes e lançamento de livro sobre a história e importância do local para a cultura paraense.

A festa está marcada para esta terça-feira, 24, e encerrará no Theatro da Paz com o show da soprano Carmen Monarcha. A apresentação inclui temas de filmes e interpretações de autores brasileiros como Chico Buarque, Vinicius de Moraes e Villa-Lobos.“Toda a programação foi montada com a colaboração de gente que veio aqui se oferecer para ajudar. Pessoas e empresários que espontaneamente se propuseram a contribuir com homenagens ao centenário. Isso porque a população de Belém tem paixão pelo Cine Olympia”, conta Nazaré Moraes, há cinco anos gerente do Cine Olympia.
Ela garante ser um privilégio estar à frente do espaço, diante do carinho manifestado pelo público. “Só para se ter uma ideia, nós fizemos a exibição de doze filmes já em alusão aos cem anos do cinema e o público foi muito participativo. O encerramento foi com ‘E o vento levou...’ e as pessoas aplaudiram de pé espontaneamente. Isso foi muito tocante”, emociona-se Nazaré.

Neste domingo, 22, centenas de pessoas lotaram o Cine Olympia para discutir temas relacionados à produção cinematográfica no seminário "O primeiro século do cinema Olympia: histórias, desafios e perspectivas", que abriu as comemorações pelo aniversário do mais antigo cinema em funcionamento no Brasil.

A programação teve ainda a exibição dos filmes "Matinta" de Fernando Segtowick e "Ribeirinhos do Asfalto" de Jorane Castro. “Eu vim aqui para rever o cinema e assistir um filme porque deu saudade”, conta a enfermeira aposentada Bárbara Carvalho, que diz ter frequentado muito o espaço durante a adolescência.

Dos cem anos do Cine Olympia, mais da metade teve grande importância na vida do casal de críticos de cinema Pedro Veriano e Maria Luzia Álvares. Foi lá que os dois se conheceram durante uma sessão e iniciaram um romance que hoje soma cinquenta e cinco anos entre namoro, noivado e casamento. Ainda hoje, a relação da família com o espaço é estreita. Na noite do centenário, eles vão lançar o livro "100 Anos da História Social de Belém (1912-2012)", onde recontam detalhes sobre a vida cultural da capital paraense vivenciada no Olympia. “Eu venho pra cá desde bem pequeno. Via tudo que é tipo de filme, inclusive grandes produções e os dramalhões mexicanos. Foi onde aprendi muito de cinema”, conta Pedro Veriano. A esposa Maria Luzia, explica que a paixão do casal contagia o restante da família. “Nossas quatro filhas são apaixonadas por cinema e os nossos netos também”, relata orgulhosa.

Também testemunha e participante da história das ameaças de fechamento e reabertura do Cine Olympia, o operador cinematográfico, ou projetista como é mais conhecido, Luiz Otávio Muniz, se emociona ao falar da relação com o espaço. Há 21 anos na atividade, ele atuou nos cinemas Palácio, Nazaré e Iracema, todos pertencentes ao mesmo grupo do Olympia, e viu uma a uma as casas de exibição fecharem as portas. “Em 2005, a gerente me chamou para falar que o DVD tinha provocado uma crise no cinema e dizer que eu estava demitido”, relata.

Pouco mais de um ano depois, Luiz voltou ao cinema na reabertura do cine Olympia pela Prefeitura de Belém após a mobilização da sociedade contra a ameaça de fechamento do espaço. “Isso aqui é minha vida, passo mais tempo no cinema do que em casa com a minha família. Agora estou ensinando para o meu filho como se faz a exibição”, conta.

Nesta terça-feira, a comemoração dos cem anos do Cine Olympia pretende relembrar a grandeza da abertura do espaço que recebeu a elite da sociedade belenense em um grande evento social na noite de 24 de abril de 1912, com a apresentação de orquestra.

Para relembrar a data, haverá execução da música do centenário composta pelo maestro Altino Pimenta na década de 70 em homenagem ao cinema e também uma peça composta pelo músico Salomão Habib também para homenagear o espaço. A programação será restrita para quinhentos convidados entre autoridades e personalidades da cultura paraense. Oito pessoas serão condecoradas pela importância na história do centenário.


Serviço:
Celebração dos 100 anos do Cine Olympia

Data: 24 de abril (terça-feira)

Hora: 18h30

Local: Cine Olympia – Avenida Presidente Vargas com Primeiro de Março.



Em entrevista à ANN, Jorge Panzera, presidente do PC do B e pré-candidato do partido à Prefeitura de Belém


O entrevistado de ontem (23) da Agência Norte de Notícias (ANN) é Jorge Panzera, atual dirigente estadual do PC do B no Pará. Como ele mesmo se define, é um militante da luta política e do povo, que começou como estudante na década de 80, ainda no movimento secundarista, sendo depois presidente da UJS. 
Panzera sempre militou no PC do B, desde a legalização do partido, no qual construiu uma história de luta. No governo de Ana Júlia, Jorge Panzera foi subchefe da casa civil e Secretário de Esportes e também já se candidatou a deputado federal pelo partido. Neste ano, ele é o pré-candidato do PC do B á prefeitura de Belém.
1 - Como o senhor avalia este primeiro ano do governo Jatene?
- Avalio como um governo medíocre, sem realização, sem pensar em desenvolvimento do Estado, um governo que é apenas “mais do mesmo”. Veja o que foi apresentado como agenda mínima: segurança, saúde e educação. Belém foi considerada a segunda cidade mais violenta do mundo, a insegurança é cada vez maior. 
Criou-se circunstância para “maquiar dados” de chacinas e outras violências, como jovens matando jovens, ou seja, matando o próprio futuro. Não há segurança pública, o Pará voltou a figurar nos dados da violência no campo.
Falando sobre saúde, no final de 2012, o Ministério Público constatou que Belém tem a segunda pior saúde pública do Brasil, e o Pará a pior saúde do Brasil. A crise que ocorre entre Prefeitura e Governo mostra a incapacidade de gestão. Os problemas são os mesmo de sempre e continuam ocorrendo, uma cena absurda.
Na educação, os professores estão fazendo greve para que o governo cumpra a lei e o governo de Jatene está contra a lei, colocando a polícia contra os professores para garantir que não seja feito o pagamento, que é deles por lei.
A gestão de Jatene lançou uma agenda mínima que é literalmente, mínima mesmo. 
Podem argumentar que é o primeiro ano de governo, mas antes foram doze anos de gestão, os quatro anos de Ana Júlia foram apenas um intervalo. Há programas abandonados, como o NavegaPará, entre outros. 
As coisas continuam sem um caminho concreto. O governo deveria aproveitar o momento do Brasil, que está em crescimento, mas não aproveita. Nossa solução é construir um caminho para derrotar o PSDB em 2014.
2 – O que o senhor acha da gestão de Duciomar Costa?
- A grande notícia é que a gestão de Duciomar está chegando ao fim. Para quem conviveu oito anos com esse governo, oito meses não será nada. O governo Duciomar não tem nenhuma coordenação, não há interrelação entre as nomeadas coordenações, não há planejamento, e ainda existe uma subserviência da Câmara Municipal, que excluiu conquistas históricas da população, como a discussão do Plano Diretor em conjunto com o povo. Não há um olhar para uma cidade como está a nossa, há crise na saúde. Este é um governo que é só marketing, assim como o do Jatene.
3 – O que você acha do BRT?
- O BRT é impossível de ser definido, é um “abacaxi” que será deixado para o próximo governo. O problema é que é um mistério. Só se viu uma maquete eletrônica, é um segredo ou ele realmente não existe, é uma jogada, cheio de suspeita, não foi discutido com a população. Problemas de uma cidade como Belém não podem ser resolvidos assim. Aqui também entra o governo do Estado, que deveria articular com os prefeitos. É um projeto que parece que foi feito apenas para ter um financiamento, uma janela para uma empresa entrar. 
Um projeto como esse teria de ser pensado de acordo com o interesse da cidade, não copiado do modelo de outra metrópole. Em Belém deveriam ser aproveitadas as vias mais largas, pois o projeto atual de ordenação do trânsito na cidade gera congestionamento em determinadas áreas e faz com que o transporte público tenha pouca racionalidade.
4 – Em sua opinião, quais os problemas mais urgentes a serem resolvidos em Belém?
- Temos questões que precisam ser pensadas. A do trânsito é uma. A da saúde também, mas é um problema do Brasil inteiro, que perde em maior ou menor grau nessa área. No caso da saúde, a meu ver, seria necessário inverter a lógica atual, uma saúde que trata depois que a pessoa já está doente. A lógica seria cuidar primeiro, impedindo que as pessoas ficassem doentes, fazer um esforço grande de prevenção, principalmente para a saúde da família, que é algo urgente e necessário.
O problema da educação é não ter tido soluções. Temos uma carência muito grande, uma ausência do poder público, que deveria se dedicar, fazer uma reforma urbana, com saneamento básico, e dar uma atenção melhor. A iluminação pública pode ser melhorada, para melhorar também a segurança. A violência deve ser “atacada”, devemos cuidar das praças, que são patrimônio do paraense, e que não existe em alguns bairros da capital. 
Volto a dizer, vivemos um período no Brasil em que dá para captar recursos. Aí você pode me perguntar, onde captaremos recursos para resolver esses problemas? Projetos bem construídos podem captar recursos para enfrentar as questões que eu levantei.
5 – Como pode ser resolvido o problema do saneamento na capital?
- O problema aparente são os alagamentos, mas há problemas que geram isso. Deveria haver um tratamento de esgoto, políticas de recolhimento de lixo e de resíduos sólidos, a cidade fica mais limpa e gera emprego e renda. É necessário dar continuidade á macrodrenagem do Uma, da bacia do Tucunduba, refletir um preparo que tivesse efetivamente o saneamento básico, que geraria melhores condições, um conjunto de políticas para pensar o saneamento. 
6 – Como o PC do B se prepara para as eleições deste ano?
- Temos projetos, ideias, soluções são afloradas, levando pré-candidatos, participando de debates e também juntando forças com políticos, intelectuais e outras categorias. Temos conversado com outros partidos buscando entendimento, estamos juntos na disputa eleitoral e nosso partido tem feito esse esforço, conversando com outros partidos sobre soluções que podemos encontrar juntos, que forças políticas podemos juntar, idéias similares, com setores que estão na base governista da presidenta Dilma. 
Conversamos com esses partidos para, mais à frente, com eles, disputar a eleição. O PC do B entende que também é uma eleição para vereadores que renovará a Câmara, que, como eu já citei, é subserviente aos ditames da prefeitura. Um exemplo disso foi a aprovação do BRT. A Câmara deveria ser democrática, participativa.
Também queremos construir candidaturas representativas lá, que contribuam para o Legislativo, para apresentar um conjunto de nomes qualificados e comprometidos.
7 – Com quais alianças o partido já conta para as eleições de 2012?
- Não temos nenhuma aliança configurada, mas temos diálogo com o PT, PV, PSOL, PT do B, PPN e estamos abertos para dialogar com o PSB e PDT, além de temos conversado com o PMDB também. Boa parte desses partidos já tem candidatos apresentados. 
Nosso interesse é construir alianças com vários partidos, pois também temos o nosso já apresentado. estamos vivendo um momento de diálogos cada vez maiores, mais intensos. Acreditamos que poderemos até estar à frente e ter um conjunto desses partidos conosco.
8 – E no Estado, o PC do B pretende lançar quantos candidatos?
- Hoje o PC do B deve ter em torno de 15 a 20 candidatos apresentados em todo o Estado, em especial nas cidades de Belém, Tucuruí, Abaetetuba, Cametá, Itaituba, Tailândia, Brejo Grande do Araguaia, Colares e Itupiranga, entre outras. Há também muitas cidades onde pleiteamos a vice-prefeitura. Temos 300 a 400 candidatos a vereador em todo o Estado; 50 somente em Belém e 25 a 30 em todo o Estado.
Por Redação ANN em 23/04/2012


segunda-feira, 23 de abril de 2012

MPF realiza consulta pública em Belém


O Ministério Público Federal (MPF) quer ouvir a sociedade para aperfeiçoar a sua atuação. Para isto, está realizando desde a última sexta-feira consulta pública em 21 capitais do país. Em Belém, o evento será nesta terça-feira (24), das 14h às 18h, no auditório da Justiça Federal.
O objetivo é reunir cidadãos e representantes da sociedade civil, de entidades públicas e privadas ou de organizações não governamentais para identificar temas importantes em que o MPF deve atuar.
Só para ter uma ideia, em 2011 o Ministério Público Federal atuou em mais de 511 mil inquéritos criminais e 255 mil processos cíveis em todo o país. Nos anos de 2010 e 2011, o MPF processou 5.573 pessoas por improbidade administrativa em 886 ações movidas pelas suas 172 unidades. Pelo crime de corrupção, foram denunciadas 1.934 pessoas nos últimos dois anos.
Além disso, o MPF atua em questões relacionadas à cidadania, acompanhamento de políticas públicas, cumprimento das leis, combate ao crime organizado, direitos do consumidor e ordem econômica, proteção ao meio ambiente, defesa dos patrimônios cultural, público e social, e garantia dos direitos das populações indígenas, de comunidades tradicionais e de outras minorias.
Qualquer pessoa pode encaminhar propostas de melhoria para o trabalho do MPF ou perguntas que gostaria que fossem respondidas durante a consulta pública. As inscrições podem ser feitas no site da Procuradoria Geral da República ou no site do MPF no Pará. (MPF)

Servidores das universidades federais vão parar nesta quarta

Os funcionários técnico-administrativos das universidades federais decidiram paralisar as atividades nesta quarta-feira (25) e, também, nos dias 9 e 10 de maio. A categoria reivindica aumento do piso salarial, atualmente R$ 1.034,59, reajuste do auxílio-alimentação e valorização da carreira.

Segundo a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), a falta de resultados em relação à última greve foi o principal motivo que levou a categoria a decidir por uma nova paralisação. Os servidores técnico-administrativos pedem aumento do piso salarial para um valor correspondente a três salários mínimos (cerca de R$ 1,9 mil), além de efetivar o acordo firmado em 2007 com o governo.

De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o diálogo com os representantes dos servidores é constante. As reivindicações estão sendo analisadas pelo secretário de Recursos Humanos, Sérgio Mendonça, que na próxima terça-feira (25) se reunirá com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

A última greve dos servidores técnico-administrativos das universidades públicas federais ocorreu no ano passado e durou quatro meses. Durante esse período, o governo manteve a posição de não negociar com os grevistas. A paralisação foi considerada ilegal pelo Superior Tribunal de Justiça depois de ação da Advocacia-Geral da União (AGU). De acordo com o calendário da Fasubra, 30 de maio é a data-limite para cjegar a um acordo com o governo.
Fonte: Agência Brasil

Belo Monte fechada



Em meio a uma disputa sindical nas obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, a maior obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada, o Sintrapav, iniciou nesta segunda-feira, ainda de madrugada, uma greve por tempo indeterminado.

Segundo o sindicato, a paralisação alcançou a adesão de mais de 80% dos cerca de 7.000 funcionários da obra. Sem falar em percentual, o Consócio Construtor Belo Monte admitiu agora há pouco que as cinco frente de obras estão paralisadas. Ao longo do dia, o consórcio deve se pronunciar sobre o assunto.

A greve iniciada nesta segunda-feira deve prejudicar ainda mais o cronograma da obra. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já considera os trabalhos de Belo Monte atrasados. Algumas estruturas de apoio aos trabalhadores sequer foram montadas. A primeira turbina deve gerar energia em janeiro de 2015.

O movimento já preocupa o governo federal, principalmente em razão dos desdobramentos que eventos desse tipo geraram na hidrelétrica de Jirau, em Rondônia. Em princípio, a mobilização parece ser pacífica.

Entre os trabalhadores, circulou durante toda a mobilização desta manhã um funcionário enviado pela Secretária Geral da Presidência, pasta ligada ao gabinete da Presidente Dilma Rousseff e comando pelo ministro Gilberto Carvalho.

São duas as reivindicações que embasam o movimento grevista. O sindicato quer a elevação do valor do vale-alimentação dos atuais R$ 95 para R$ 300 e a redução de seis para três meses o intervalo em que o operário migrante pode retornar à cidade de origem.

O Consórcio Construtor de Belo Monte aceitou elevar o valor do vale para R$ 110 e apenas ampliou de nove para 19 dias o tempo de afastamento, sem alterar os intervalos de 180 dias. Os dez dias adicionais devem, entretanto, contar como antecipação de férias. A proposta foi recusada.

O piquete foi montado no km 27 da Rodovia Transamazônica, na entrada da vicinal que dá acesso a algumas das principais frentes de obra, como os diques, os canais e a barragem do Sítio Pimental. O objetivo foi vetar a entrada de qualquer trabalhador das áreas operacionais.


Os motoristas foram orientados pelo comando de greve a estacionar os ônibus no acostamento da estrada e aguardar o ato organizado pelo sindicato. Grande parte dos trabalhadores retornou à cidade de Altamira, antes da assembleia.

LIBERADOS

O sindicato liberou apenas alguns funcionários lotados nos chamados serviços essenciais, como as cozinhas das frentes de obras. Chefes do Consórcio Construtor Belo Monte estiveram no local tentando liberar os ônibus com trabalhadores, mas não conseguiram.

Um bate-boca entre líderes sindicais e encarregados do consórcio deixou o ambiente tenso por alguns minutos. Por meio do carro de som, os sindicalistas acusaram os chefes de assédio. A reportagem da Folha chegou a ver membros da chefia filmando com celulares funcionários das obras.

Embora com a rodovia parcialmente fechada, a Polícia Rodoviária Federal não foi ao local. Quatro viaturas da Polícia Militar do Pará chegaram ao trecho às 7h15, mais de duas horas depois de iniciado o piquete.

Uma pequena assembleia foi organizada pelos líderes sindicais. Representes do comando de greve, inclusive membros da Força Sindical (central a qual o sindicato está filiado), pediam mais empenho dos trabalhadores no movimento grevista.

O presidente do Sintrapav, Giovani Resende, chegou a pedir ajuda: "Ajude a gente a ajudar vocês", disse ao final do discurso, antes de liberar os trabalhadores para o retorno a Altamira.

DISPUTA

A data-base da categoria é novembro, mas uma disputa pela representação sindical local pode ter deflagrado o movimento grevista que se iniciou hoje.

O Conlutas, uma organização sindical dissidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), organizou na última quinta-feira (19) uma reunião em Altamira com objetivo de também se envolver no movimento grevista.

Circula em Altamira uma avaliação de que essa chegada do Conlutas pode ter precipitado a paralisação como forma de o sindicato mostrar força junto à categoria.

Disputas sindicais em regiões de grandes obras de infraestrutura também trazem problemas em outras frentes, como as hidrelétricas do rio Madeira, Jirau e Santo Antônio.

No caso de Belo Monte, o interesse é maior. A obra de Belo Monte já mobiliza 7.000 trabalhadores. Até 2013, serão 21 mil operários.

sábado, 21 de abril de 2012

Belém realiza Encontro preparatório à 2ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Emancipação da Mulher


“A 2ª Conferência Nacional do PCdoB, convocada para 18 a 20 de maio de 2012, acontece nos marcos das comemorações dos 90 anos do Partido Comunista do Brasil e dos 80 anos da conquista do voto feminino em nosso país. Nesse contexto, refletimos que muito foi conquistado, mas há muito a se conquistar.”

Assim inicia a apresentação do texto para o debate da Conferência convocado pelo Fórum Nacional Permanente do PCdoB sobre a emancipação da mulher, resultado de uma elaboração coletiva de três grupos de trabalho, que consta dos seguintes temas: 1 – Qual emancipação queremos?; 2 – As brasileiras na atualidade; 3 – A luta pela emancipação da mulher é tarefa de todo o Partido.

Com essa concepção, a direção do PCdoB de Belém conclama a todos seus militantes, homens e mulheres a participar desse importante encontro que se realizará no próximo sábado (dia 28 de abril) a partir das 9:00hrs no auditório da CTB, à Rua Carlos Gomes, esquina com 1º de março, nos altos, atrás do Hotel Hilton.

O documento base pode ser encontrado na sede do PCdoB.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Seminário da FEMAMB (Federação Municipal das Associações de Moradores de Belém) - por um movimento comunitário amplo, unido e de luta.


PROGRAMAÇAO

DIA 05 /05 / 2012 - 09h - mesa de abertura na Câmara de Vereadores de Belém

- Partidos políticos

- Entidades

DIA 05 /05 / 2012 - 10h – mesa de debates - Questões da Cidade

Expositores:

10h ás 10h20min – Jorge Panzera

estatuto das cidades

10h20min às 10h40min – Lélio Costa

10h40min às 11h – Edmilson Rodrigues

11h às 11h40min – debate em plenário

11h40min às 12h30min – considerações finais dos expositores

12h30min - almoço


DIA 05/05/2012 – 14h – Questões da Cidade - seus problemas, necessidades e soluções

14h às 14h20min – Mauricio Bezera

- Saúde

14h20min às 14h40 -

- transporte

14h40min –

- segurança

14h40min às 15h –

- educação

15h às 16h – debate em plenário

16h às 16h40min – considerações finais dos debatedores

16h40min – enceramento

17h - lanche

O colonialismo liberal europeu mostra a sua face

O colonialismo liberal europeu mostra a sua face


É o cúmulo do absurdo que o Parlamento Europeu, que reúne representantes do povo, se preste a votar uma resolução contra a Argentina, em defesa dos interesses de uma multinacional. O mesmo parlamento que nada faz para denunciar as empresas do Velho Continente que, em nome da segurança jurídica, investiam seus capitais em países amordaçados por regimes assassinos que, ao mesmo tempo que ofereciam segurança jurídica aos investidores, jogavam seus povos no poço da repressão, da corrupção e da pobreza. Eduardo Febbro - De Paris  (Carta Maior)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Congresso Municipal da UJS



A combativa  União da Juventude Socialista - UJS/Belém, realizará  a participar do 5º Congresso Municipal, evento importante, pois debaterá a situação da conjuntura municipal, momento único diante do quadro de completo abandono do município deixado pela administração atual. O grande desafio da juventude e do povo belenense é devolver o município para as mãos do povo, construindo uma cidade com mais qualidade de vida para os seus cidadãos. A participação da juventude é de extrema importância para esta mudança.

Convidamos a juventude de Belém a participar desse grande ato de nossa organização, que elegerá delegados que representará o município na etapa Estadual da UJS.


Dia: 21 de abril de 2012
Horario: 9h
Local : Hotel Sagres, 2927, Av. José Malcher - São Braz


``ser jovem e nao ser revolucionario e uma contradição genitica.che guevara´´


qualquer duvida entre em contato..

cleiton costa:8121-5595.
laura eli:8105-8601
aline samia:8243-4226
tarcisio souza:8208-5834

``se o presente e de luta o futuro nos pertence.che guevara´´

Brasil precisa ter políticas sociais específicas para a Amazônia, diz especialista


O Brasil precisa pensar estratégias de desenvolvimento específicas para a Amazônia e “nacionalizá-la”, na opinião de Caetano Scannavino, ambientalista especialista em Amazônia. Coordenador da ONG Projeto Saúde e Alegria, baseada em Santarém (PA), ele participou nesta semana do seminário “No caminho da Rio+20”, no Rio, promovido pela Fundação Konrad Adenauer, da Alemanha.

De acordo com ele, paulista há 24 anos na região amazônica, o governo brasileiro deve desenvolver projetos específicos com vistas às peculiaridades da região, onde falta infraestrutura e as distâncias são muito grandes.
“Do ponto de vista prático, para se dar atenção de saúde primária, é preciso andar dois dias de barco, por exemplo. A logística da distribuição de merenda escolar, de vacinação, não podem ser as mesmas de um município no Sudeste. Os custos são muito mais altos do que no resto do país para se incluir a população da floresta em áreas remotas”, disse.
“Não existe uma estratégia diferenciada para compensar essas peculiaridades. Gasto pouco mais da metade que em outros lugares”, afirmou Scannavino.
Segundo ele, é preciso “nacionalizar a Amazônia”, no sentido de o País se apropriar dela e trazer desenvolvimento para a população nativa. Ele lembra que, apesar de muitas vezes a ideia ser de que a Amazônia é uma área pouco habitada, 25 milhões de pessoas vivem na região, sendo 20 milhões em cidades na região amazônica.
Scannavino admite que já há avanços na redução do desmatamento na região, graças à implantação de mecanismos de controle ambiental mais eficientes e à pressão da sociedade e do governo, mas ainda é muito grande. De acordo com dados oficiais, em 2011 foram desmatados 6.200 km2 de florestas na região, em comparação com 27.772 km2 em 2004, queda de 77,6% em sete anos. (Fonte: Raphael Gomide/ Portal iG)