segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PC do B acelera filiações para a chapa e lança Jorge Panzera para a Prefeitura



        Chega de mesmice e baixaria na vida política de Belém. É com este espírito que o Comitê Municipal aprovou o lançamento de chapa própria para a Câmara Municipal e está organizando o lançamento da pré-candidatura de Jorge Panzera à prefeito da cidade.
        O objetivo do partido na capital é eleger uma bancada de vereadores, retomando mandatos que já tiveram Socorro Gomes, Paulo Fonteles e Sandra Batista como titulares. Hoje, o partido conta com centenas de lideranças políticas, na sua maioria, oriundos dos movimentos sociais, mas também traz na bagagem lideranças com vasta experiência institucional em prefeitura e secretarias de estado.
Além disso, contando com lideranças experientes no trabalho do governo federal a frente da SPU- Superintendência de Patrimônio da União, o partido contribui para colocar em prática o maior programa de regularização fundiária do Brasil, que atinge milhares de belenenses.
        Para colocar em prática o projeto de eleger bancada e o prefeito da cidade, o partido estará conversando com partidos da base do governo Dilma, entre eles o PT e PMDB, mas também com o ex-prefeito Edmilson Rodrigues, visando possíveis acordos num segundo turno. Também estão sendo procurados aliados históricos como o PDT, PSB e também o PV, PT do B, PHS, PMN visando discutir um programa para a cidade de Belém.
        A idéia é romper a apatia do eleitorado, cansado dos nomes antigos e das denúncias de corrupção e preparar um programa para a cidade que discuta questões estratégicas para Belém em seus 400 anos. Saúde, segurança, mobilidade urbana, cultura e democracia são os focos principais desta nova visão.Tudo isso vinculado à um novo projeto de desenvolvimento para o país, que precisa chegar à Belém.
        Também no mês de setembro estarão sendo intensificadas as filiações de novas e antigas lideranças no partido, como é o caso da professora Edilza Fontes, militante histórica do PT e outros que deverão filiar-se no próximo período.
        O ato de lançamento da pré-candidatura de Jorge Panzera e o anúncio das novas filiações está marcado para o dia 22 de setembro.

UJS-Pará elege nova direção e diz Não a divisão do Pará.

    A União da Juventude Socialista do Estado do Pará (UJS/PA) realizou no sábado (28/08/2011), na sede do Sindicato dos Bancários, uma grande e vitoriosa plenária estadual, com a presença de cerca de 100 jovens de diversos municípios, que debateram o Plebiscito sobre a divisão do estado e elegeu a nova executiva estadual da organização.
     A mesa de abertura que saudou os militantes socialistas teve a presença de Maíra Nogueira -UBM, Cleber Rezendes- CTB, Rafael Marques- Vice-Norte da UNE e Cleiton Costa – Diretor da UBES. No plenário estavam presentes as principais lideranças do Movimento Estudantil paraense como Tamara Figueiredo- Presidente da UAP, Juliana Martins- Presidente da UMES, além de dirigentes de vários DCE´s e Centros Acadêmicos, e o ex-presidente da UJS/PA, Rodrigo Moraes.
   O debate sobre o plebiscito foi apresentado por Erico Albuquerque, dirigente da CTB/PA, licenciado em geografia, que falou do atual cenário que hoje se encontra o estado do Pará, através de um estudo realizado por ele sobre a questão, onde ressaltou que dividir o Estado não vai resolver, pois “necessitamos de um projeto de inclusão social, e para que o Estado do Pará sejam mais forte e não cair nos discursos que dividir vai ajudar o desenvolvimento das áreas que poderá ser possíveis Estados” Falou também da decisão do PCdoB, em apoiar a não decisão do Estado do Pará, e sim a construção de um projeto de inclusão social.
    O debate foi aberto ao pleno onde a militância pode opinar e apresentar suas idéias sobre o debate. Importante ressaltar o grande numero de intervenções sobre a pauta, que demonstra o nível de responsabilidade que o pleno da UJS tem para com o futuro do Estado do Pará. Em seguida foi colocada para o pleno a necessidade da UJS/PA tinha de tomar uma postura, pois sua trajetória sempre foi em tomar posicionamento pelas questões que envolvem o atual cenário seja ele de nacional ou regional, e entendia-se que aquele momento nossa organização não poderia ser ausente da luta que estava sendo travada. Então foi colocando ao pleno a votação, onde aquela plenária decidiu que a Juventude Socialista deveria toma posicionamento sim, e que era pela não divisão do Estado do Pará. Sendo decido a postura que UJS/PA iria toma agora e construir junto as frente que são contra a divisão a campanha “Pará quero sem divisão”
    Nesta a ocasião, o Henos Silva fala de sua saída da UJS/PA, e que iria desempenhar outras tarefas e que não teria mais condição de está a frente da União da Juventude Socialista do Pará. Mas que em seu lugar estaria tomando posto Pedro Fonteles, um camarada que vem mostrando a bastante tempo uma militância destacada seja no Movimento Estudantil ou com seu comprometimento com nossa organização e com a luta do povo. Foi apresentado também algumas mudanças que a executiva estadual passaria com a entrada e saída de alguns camaradas.
   Os comunicados ali foram aprovados com clamor a plenária, que demonstrou grande satisfação em ver Pedro Fonteles como atual presidente da UJS/PA. Pedro, falou da emoção que estava sentido, e da tarefa de honrar o legado que seu Pai - Paulo Fonteles, deixou pelo amor a luta revolucionaria do povo brasileiro

A nova Direção Executiva da UJS-Pará segue assim:

Presidente - Pedro Fonteles

Vice-Presidente – Ewerton Rosa

Organização: Cleiton Costa

Comunicação e Jovens Cientistas: Daniele Garcia

Formação: Fausto Bulcão Neto

Jovens Trabalhadores: Thiago Barbosa

Luta anti-racista: Francianne Lima

Finanças: Sidnei Miranda

Nucleo UFPA: Jorge Lucas Neves

UAP – Tamara Figueiredo

UNE – Rafael Costa

UMES – Juliana Magalhaes


De Belém,

Daniele Garcia.





domingo, 28 de agosto de 2011

Direção Municipal lança Jorge Panzera Pré-Candidato à prefeitura de Belem



     Em clima de muita unidade e esperança no futuro a direção Municipal do PCdoB decidiu por unanimidade lançar o nome do Camarada JORGE PANZERA pré-candidato a prefeitura de Belém.
    Com a tarefa de devolver Belém para as mãos do Povo, o PCdoB prepara um projeto para a cidade e lança JORGE PANZERA para representar esse anseio por mudanças na nossa cidade.Dia 22 de Setembro será feito o lançamento oficial da Pré -Candidatura dos Comunistas à prefeitura de Belém,o evento contará com a presença da Senado Vanessa Graziottin (PCdoB-AM) e servirá também para receber nas fileiras comunistas dezenas de novos Filiados ao Partido

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Edilza Fontes se Filia ao PCdoB


Queridos amigos do blog,

Ontem reuni com o comitê político estadual do PCdoB, para definir a minha entrada nas fileiras do partido. A conversa foi na casa  da Secretaria de Finanças do Partido - Maria Aparecida, e foi muito agradável.

Estavam presentes os membros do comitê político do partido Rodrigo Moraes, Jorge Panzera, Lelio Costa, Soraia Lana e Maria Aparecida. Foi um bate papo regado a pizza, vinho, muitos sorrisos e muita esperança.

Ficou definido a minha entrada oficial no PCdoB para o dia 22 de setembro com a presença  da senadora pelo Amazonas - Vanessa Grazziotin (PCdoB). Quando confirmarmos o local avisarei no blog

EDILZA FONTES

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

UMES-Belém realiza granda passeata pelas ruas de Belém









 A Umes-Belém coordenou uma grande passeata ontem pelas ruas de Belém , mais de 800 estudantes tomaram as ruas da capital paraense para defender mais investimentos na educação.Em pauta dos estudantes estava presente a luta por 10% do PIB pra educação e a derrubada do veto do ex-Presidente Lula que destina 50% do fundo Social do Pré Sal para Educação.
Durante toda manifestação os estudantes demonstravam descontração e luta para defender uma educação de qualidade.Não faltou criticas ao governador Simão Jatene que de forma autoritária acabou com as eleições diretas para diretor nas escolas.
A amplitude do movimento que contou com a participação da UNE UBES e UAP foi destacada pela presidente da UMES, "Nossa luta em defesa da educação é ampla e deve envolver toda a sociedade" destacou Juliana Magalhães.
A manifestação foi apenas o inicio de uma série de atividades programadas pelos estudantes de Belém.

PCdoB Pará elege nova comissão politica

Os principais objetivos do projeto eleitoral do Partido no estado são: reconquistar, em chapa própria ou ampla, a presença dos comunistas na Câmara Municipal de Belém; manter e ampliar espaços nas Câmaras Municipais de Vereadores no interior do estado; disputar eleições de prefeitos e vice-prefeitos tanto no interior como na capital. Pra isso, isso será realizada uma força tarefa para que até 30 de setembro sejam incorporadas novas lideranças sociais e políticas nas fileiras partidárias —fortalecendo as chapas de vereadores do PCdoB em todos os municípios paraenses.

Confira abaixo a nova relação da comissão política e do secretariado executivo do PCdoB paraense:

Jorge Panzera – presidente
Lélio Costa – vice-presidente
Aroldo Carneiro – secretário de Organização
Moisés Alves – secretário de Comunicação
Eneida Guimarães – secretária de Formação
Maria Aparecida – secretária de Finanças
Regiane Paiva – secretária de Mulheres
Ketino Lucas – secretário de Juventude
Érico Albuquerque – Secretário Sindical
Mailson Lima – secretário de Movimentos Sociais
Jorge Farias – secretário de Igualdade Racial
Cleber Rezende
Leila Márcia
Maira Nogueira
Marcão Fonteles
Márcia Pinheiro
Neco Panzera
Roberto Martins
Pedro Fonteles
Soraya Lana
Paulo Fonteles
Marcela Nogueira
Rodrigo Moraes

Plebiscito sobre a divisão do Pará : STF decide que toda população votará

Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira (24) rejeitar a ação direta de inconstitucionalidade que visava limitar o número de eleitores no plebiscito de desmembramento do Pará. Os ministros seguiram o voto do relator, Dias Toffoli, estendendo a todos os moradores do Estado o direito de participar da iniciativa, e não somente aqueles que vivem nas áreas a serem separadas.

Na prática, isso significa que deve haver apoio majoritário em todo o Pará para o surgimento dos Estados de Tapajós e Carajás. Belém é contra a iniciativa. A campanha tem previsão de início em 11 de setembro, para ambas as frentes –pró e contra a divisão. A ação julgada foi iniciada há quase dez anos pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás e entrou na pauta com o apoio dos grupos pró-Carajás e pró-Tapajós.
Enquete: Você é contra ou a favor da divisão do Pará?
Vote!

A votação trata da ideia de divisão de municípios e se ela é passível de extensão para a redivisão de Estados. Para Dias Toffoli, todos os paraenses serão afetados pelas votações em Tapajós e Carajás e, por isso, não pode haver exclusão. “Não posso desprezar parte dessas populações”, afirmou o ministro. Sete membros da corte acompanharam o relator: Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Ayres Britto, Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello e Celso de Mello. O presidente Cézar Peluso não votou e Joaquim Barbosa não compareceu.

O relator questionou o conceito de “população diretamente afetada”. Os grupos pró-divisão afirmam que apenas as áreas onde estariam as novas unidades merecem esse status. Para o ministro, questões históricas, culturais, econômicas e fiscais ligam o Estado como um todo. Ele disse ainda que a contrariedade de Belém com a divisão não é inevitável nem motivo para impedir a consulta geral.
Nacional ou estadual
Para Marco Aurélio, o plebiscito deveria ser nacional, e não apenas paraense. Isso porque, defendeu ele, a redivisão do Estado tem implicações para o pacto federativo do Brasil. Um dos efeitos é o aumento das bancadas na Câmara dos Deputados –cada Estado precisa ter ao menos oito membros– e do Senado, onde as unidades federativas contam com três parlamentares. Celso de Mello admitiu que essa discussão não está encerrada com o julgamento desta quarta-feira.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já tinha decidido que o plebiscito paraense seria feito em todo o Estado. No Supremo, já havia antecedentes de casos em que a consulta era feita à população de toda uma cidade, não apenas da parte que desejava se emancipar.

fonte:www.uol.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Agenda de Lutas do Movimento Social

A Secretaria Estadual de Movimentos Sociais do PC do B elaborou a Agenda de Atividades que se iniciam no dia 24/08 e encerram só no dia 15/12, serão varias programações organizadas por todas as Entidades dirigidas pelo Partido, sendo que algumas datas ainda serão confirmadas. Confira.

AGENDA MOVIMENTOS SOCIAIS


Dia 24 /08

- Atividade: Às 9h, jornada de lutas dos estudantes com a participação da UNE UBES, UAP, UMES e UJS, concentração no CAN;
- Atividade: As 15 h, debate sobre cotas, na sala da comissão de igualdade racial da OAB;
- Atividade: As 16h, debate com a ministra dos Direitos Humanos na OAB e instalação da comissão da verdade;
Dia 25/08
- Atividade: As 9h, reunião com as secretarias de massas do comitê estadual, na sede do Pc do B;
- Atividade: As 15h, reunião secretarias de massas do comitê municipal de Belém;
- Atividade: 15h reunião da FEMAMB
- Atividade: Posse da UAP, no ICJ da UFPA às 17h
26/08
- Atividade: Prazo final para inscrição da sociedade civil na eleição do Conselho Estadual de Saúde;
Dia 27/08
- Atividade: Às 9h, plenária estadual da UJS sindicato dos bancários;
- Atividade: Às 16h, encontro de colecionadores em historia em quadrinhos – CEMJA
Dias 5 e 6/ 09
- Atividade: Plenária nacional da UJS;
24/09
- Atividade: Congresso estadual da UBM; ( indicativo)
10 e 11/09
- Atividade: Encontro Nacional de Estudantes em produção do Pc do B;
8 a 11/11
- Atividade: Congresso nacional da UNEGRO;
08 a 11/09
- Atividade: 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude;
02 a 03/10
- Atividade: Seminário de Formação da CONAM
03/10
- Atividade: Dia Nacional do Habitat;
04/10
- Atividade: Jornadas do FNRU/Brasília - 24.9 a 2.10 - Mobilização da CONAM nos estados, preparatória para a jornada;
07 a 18/10
- Atividade: 4º Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional;
- Atividade: - 2º Seminário Nacional Rumo a Rio+20 em São Paulo
29/11
- Atividade: Marcha em defesa do SUS/Brasília - 21 a 27.11 - Mobilização da CONAM nos estados, preparatória para a Marcha;
30/11 a 04/12
- Atividade: 14ª Conferência Nacional de Saúde;
07 a 10/12
- Atividade: 8º Conferência Nacional de Assistência Social
11/12
- Atividade: Plebiscito sobre a divisão do Pará
12 a 15/12
- Atividade: 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Mulher.

Maílson lima
Secretario Estadual de Movimentos Sociais – PC do B

João Clovis Oliveira

Secretário Municipal de Comunicação - PC do B


EUA tentam roubar US$1,5 bi para pagar rebeldes líbios

Na terça-feira, 9 de agosto de 2011, Sana Khan - secretária do Comitê de Sanções criado em virtude da resolução 1970 do Conselho de Segurança da ONU - transmitiu aos membros do comitê um aviso emitida pela embaixadora Susan Rice, representante permanente dos Estados Unidos na ONU.

Por Thierry Meyssan


Cada míssil Tomahawk lançado na Libia pelos EUA custa US$ 1milhão
Nesse comunicado, do qual a Rede Voltaire conseguiu obter uma cópia, Washington informa ao Comitê sobre a sua intenção de descongelar 1,5 bilhões de dólares pertencentes ao Banco Central da Líbia, à Autoridade Líbia de Investimentos, ao Banco Exterior da Líbia, à Carteira de Investimentos na África e à Companhia Nacional Líbia de Petróleo.

Afirmando que o descongelamento é legal quando se trata de fundos destinados a fins humanitários ou civis (artigo 10 da Resolução 1970 [1]), Washington anuncia sua intenção unilateral de distribuir a mencionada soma da seguinte forma:
- 500 milhões de dólares para organizações humanitárias escolhidas [pelos EUA] "para responder às atuais necessidades humanitárias e a outras que sejam possíveis de antecipar, conforme o chamado das Nações Unidas e suas atualizações previsíveis";

- 500 milhões de dólares para "empresas de fornecimento de combustível e de bens humanitários necessários";

- 500 milhões de dólares para o Temporary Financial Mechanism (TFM) para "pagar os salários e gastos de funcionamento dos funcionários líbios, gastos em alimentação, eletricidade e outras compras humanitárias." Deste último montante, 100 milhões de dólares serão destinados mais às necessidades humanitárias dos líbios sob controle do Conselho Nacional de Transição (CNT), quando este último tenha estabelecido "um mecanismo crível, transparente e eficaz" para fazer com que cheguem até eles.


Falando claramente, os Estados Unidos anunciaram ao Comitê de Sanções sua intenção de apoderar-se de 1,5 bilhão de dólares e de entregar um terço desta quantia a seus próprios serviços humanitários (USAID), um terço a suas próprias empresas multinacionais (Exxon, Halliburton, etc.) e o último terço ao TFM, um escritório do LIEM, que nada mais é que um órgão não-oficial criado por Washington e aprovado pelo Grupo de Contato para administrar a Líbia [2].

Washington também fez saber que consideraria que contava com a aprovação tácita do Comitê de Sanções no prazo de 5 dias de seu recebimento pela comissão.

Infelizmente, não fazendo parte do Comitê, a Líbia não tinha como se opor ao roubo. Na verdade, o embaixador da Líbia na ONU desertou desde o início e - em violação aos compromissos contidos no Acordo de Sede das Nações Unidas, assinado pelos Estados Unidos-, o Departamento de Estado ainda não concedeu um visto para o novo embaixador da Líbia .

Washington esperava aproveitar a ausência, forçosa, para apoderar-se dos despojos. Por sua vez, a França abriu uma brecha ao roubar 128 milhões de dólares, nas mesmas condições.

Foi, finalmente, o representante permanente da África do Sul, o embaixador Baso Sangqu, que bloqueou a jogada.

Além de destacar a voracidade dos Estados Unidos, este episódio inédito confirma que não é o Conselho Nacional de Transição quem governa a auto-proclamada "Líbia livre" a partir de Benghazi e Misurata. Este Conselho não é mais que uma fachada, por certo bastante rachada. A Líbia oriental, sob controle da Otan, está sendo administrado pelo Libyan Information Exchange Mechanism (Liem), um órgão informal, sem personalidade jurídica, criado em Nápoles unicamente pelos Estados Unidos, embora tenha alguns funcionários italianos.

Os recursos apresentados como somas entregues ao Conselho Nacional de Transição, na verdade, passam para as mãos de Liem, que os utiliza para pagar salários aos membros do dito conselho e seus próprios funcionários, bem como aos funcionários do conselho. A diferença é, portanto, enorme, já que o Conselho Nacional de Transição não tem uma política própria, mas se limita a implementar a política dos Estados Unidos. Isto não tem nada de surpreendente para aqueles que sabem que o CNT não surgiu como resultado dos acontecimentos em Benghazi, mas há vários anos, em Londres, como um governo provisório no exílio.

Portanto, o verdadeiro objetivo da ação militar dos Estados Unidos e seus aliados da Otan e do Conselho de Cooperação do Golfo não é assegurar a proteção de civis, como estipulado na resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, muito menos "libertação dos líbios", mas a colonização do país.


Agenda da CTB - Pará

ATIVIDADE: VI Jornada Nacional de Debates com o Tema: Negociação Coletiva e Trabalho Decente
DATA: 23 de Agosto (terça da aproxima semana) início 9:00h encerramento 13:00h
PAUTA: Negociação Coletiva e Trabalho Decente
LOCAL: Sindicato dos Urbanitários, Av. Duque de Caxias, 1.234-Belém-Pará

ATIVIDADE: Lançamento da Comissão Estadual do Direito a Memória e a Verdade contará com a presença da MINISTRA DE DIREITOS HUMANOS DRA MARIA DO ROSÁRIO
DATA: 24 de Agosto (quarta-feira) às 16horas
LOCAL: OAB/PA, Gama Abreu, próximo a Igreja da Trindade.

IV Congresso Estadual da UNEGRO-PA - atividade preparatória

Dando prosseguimento a preparação do IV Congresso Estadual da UNEGRO-PA que tem, entre outros, objetivo de debater e analisar o impacto material do racismo na qualidade de vida da população Negra, assim como as conseqüências das políticas de ações afirmativas. CONVIDAMOS TODOS E TODAS PARA NO DIA 24 DE AGOSTO (QUARTA-FEIRA)
ÀS 15 HORAS NA SEDE DA OAB-PA PARTICIPAR DO DEBATE SOBRE A POLÍTICA DE COTAS NA UFPA E NO MERCADO DE TRABALHO. PALESTRANTE: PROFESSOR MSC NAIRO BENTES.REBELE-SE CONTRA O RACISMO!!

Vanderlei Pinheiro - Presidente Estadual da UNEGRO-PA

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Mengele do Araguaia

Por Paulo Fonteles Filho

Desde as primeiras expedições do Grupo de Trabalho Tocantins do Ministério da Defesa (MD), ainda em 2009, é que um ex-militar, um dos primeiros a chegar e dos últimos a sair confidenciou-nos que um capitão-médico, chamado Walter, sediado da Base da Bacaba, que na lembrança dos camponeses nos sugerem um Auschwitz amazônico, teria matado, por injeção letal, duas guerrilheiras custodiadas naquela parafernália repressivo-militar.

Até então não tínhamos nenhuma informação sobre a atuação de médicos-militares durante a Guerrilha do Araguaia, mas nos ensina a fundamental reportagem ‘Assistência médica à tortura’, do premiadíssimo site DHnet: “Como já foi dito, o estudo dos processos políticos da Justiça Militar permite concluir que o uso da tortura, como método de interrogatório e de mero castigo, não foi ocasional. Ao contrário. Obedeceu a critérios, decorreu de planos e verbas e exigiu a organização de uma infraestrutura que ia desde os locais adequados à prática das sevícias, passando pela diversificada tecnologia dos instrumentos de suplício, até à participação direta de enfermeiros e de médicos que assessoravam o trabalho dos algozes”.

Acontece que depois desta informação buscamos junto às fontes de então, familiares de desaparecidos políticos e ex-mateiros, esclarecer tal episódio, mas ninguém, absolutamente ninguém, confirmou que entre os militares havia um vocacionado a ser o Josef Mengele do Araguaia.

Apenas em 2011 vamos encontrar pistas seguras.
A primeira pista que tivemos foi o fato de que o Capitão Walter, o médico, fora candidato à Deputado Estadual em 1982 em dobrada com o Major Curió que, enfim, acabou elegendo-se Deputado Federal naquelas eleições.

A segunda, reveladora, ocorreu quando nos aproximamos de ex-soldados num encontro em Fevereiro de 2011, em Marabá. Tal reunião fora marcada pela tensão do desconforto com a presença de um major e de três sargentos da ativa. Cabe dizer que nenhum destes militares foram convidados, numa clara tentativa, em nossa opinião, de intimidar os ex-soldados que lutam na Justiça Militar para terem suas vidas reparadas pelas seqüelas daqueles anos de repressão política.

O fato é que depois deste encontro os ex-soldados da primeira geração recrutada na região pelo 52 BIS, passaram à contribuir com os trabalhos de buscas dos comunardos desaparecidos nas matas do Pará. Alguns deles, os mais corajosos, passaram a receber ameaças das recalcitrantes viúvas da ditadura militar.

Dentre as muitas e valiosas informações prestadas estão a de Manoel Messias Guido Ribeiro e José Adalto Xavier que, pela primeira vez, falam abertamente do episódio do assassinato de duas combatentes por injeção letal, aplicada pelo capitão-médico Walter.

Dizem os ex-soldados, em entrevista na Base de Xambioá (To) no mês de Abril deste ano, que, “(...) a gente não viu, a gente só ouviu circular no Quartel (...) que havia entrado duas guerrilheiras e tinham sido mortas com injeção (...)”.
Guido e Xavier falam com se tivessem conversando e continuam: “(...) essa história zoou pouco tempo (...) abafaram (...) primeiro que soldado não tinha direito de falar nisso (...) só quando um soldado falava para o outro (...)”.
Depois disso, perguntados sobre quem teria dado a injeção é que revelam: “(...) o pessoal dizia que tinha sido o Capitão Walter, que era o médico (...)”.
O fato é que outros ex-soldados têm conhecimento deste episódio e já confirmaram a versão apresentada por Guido e Xavier.

O fato é que até aí só tínhamos o nome do Mengele tupiniquim, apenas isso.
Acontece que no decorrer dos meses que se seguiram fomos montando as evidências e descobrimos que o médico da Bacaba é o Tenente-Coronel Walter da Silva Monteiro, hoje reformado. O médico-militar é ex-Diretor do Hospital Geral de Belém, como também é ex-Diretor do Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, o mais importante da capital paraense.

O que chama a atenção é que há diversos relatos de presos políticos que registram denúncias, em diversas Auditorias, sobre a atuação de médicos, sempre em apoio às sevícias praticadas pelos verdugos. Alguns médicos e enfermeiros teriam, inclusive, participados diretamente de sessões de tortura.
Não nos esqueçamos dos médicos-legistas, como Isaac Abramovitc e Harry Shibata, comprometidos em fornecer laudos para o acobertamento de crimes sob tortura. Alguns destes médicos-legistas atuaram para ocultar cadáveres de militantes políticos. Muitos destes militantes da liberdade jamais foram encontrados. Ainda.

Agora, é inédita a informação de que um médico-militar teria, ele mesmo, assassinado militantes políticos.
Pelo que conseguimos levantar, as duas guerrilheiras podem ser a Suely Yomiko e a Maria Célia Correa. Mas podem ser outras tantas desaparecidas entre 1973-1975, na região do Araguaia.

Toda essa história que, seguramente irá nos apresentar novos episódios, faz com que a gente conclua de que pouco sabemos de toda a barbárie cometida pelo regime dos generais, seja no Araguaia, seja na Barão de Tutóia.

Por muitos anos teremos que realizar um trabalho duro, firme, sempre em defesa da memória nacional para que nunca mais ocorram tais eventos, de violência de brasileiros contra brasileiros. A Comissão Nacional da Verdade irá abrir os caminhos desta necessidade histórica e elevar nossa dimensão democrática.
Quanto ao capitão-médico da Bacaba, que, como muitos outros rasgaram o Juramento de Hipócrates, deve prestar contas aos seus conselhos profissionais e aos tribunais brasileiros. Só assim terá se realizado a tão necessária justiça.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Nouriel Roubini: “Karl Marx estava certo”

Na avaliação de Nouriel Roubini, professor de economia na Universidade de Nova York, a não ser que haja outra etapa de massivo incentivo fiscal ou uma reestruturação da dívida universal, o capitalismo continuará a experimentar uma crise, dado o seu defeito sistêmico identificado primeiramente por Karl Marx há mais de um século. Roubini, que há quatro anos previu a crise financeira global diz que uma das críticas ao capitalismo feitas por Marx está se provando verdadeira na atual crise financeira global. (Carta Maior)

Londres: os saqueadores do dia contra os saqueadores da noite

Claro que os tumultos de rua em Londres não foram protesto político. Mas o pessoal dos saques noturnos com certeza absoluta sabe que suas elites passaram o dia dedicadas aos saques diários. Saques são contagiosos. Alimentados por um sentido patológico de ‘direitos adquiridos’ pelos ricos, o grande saque global está em andamento à luz do dia, como se nada houvesse a esconder. Mas há, sim, temores ocultados. No início de julho, o Wall Street Journal, citando pesquisa recente, noticiava que 94% dos milionários temiam “a violência nas ruas”. Naomi Klein - The Nation

terça-feira, 16 de agosto de 2011

PC do B debateu sobre Plebiscito que discute a divisão do Pará

No esforço de conscientizar e qualificar o debate em torno do plebiscito sobre a divisão do Estado do Pará, o comitê municipal do PCdoB de Belém realizou na última Sexta-feira (02/08), no Auditório Neuton Miranda da Sede do PC do B, o debate sobre o Plebiscito que trata da Divisão do Pará, o evento contou com a presença de diversas lideranças dos movimentos Sociais, além da Militância do Partido e dos dirigentes da UAP, UMES, UNEGRO, UBM, CEMJA e UJS, compareceram também representantes do movimento de Blogueiros e companheiros da JPMDB, o debate iniciou com a fala do Dirigente Erico Albuquerque,que apresentou seu texto “ O Pará e mais forte e viável por inteiro” a abordagem foi feita de forma clara e precisa mostrando como está se construindo esse movimento de divisão e quais as conseqüências reais que o Estado poderá sofrer com o processo de divisão, em seguida foi repassada a palavra ao Presidente Estadual do PC do B, Jorge Panzera que focou sua fala analisando as estratégias políticas que está sendo utilizada pelo movimento pró-divisão. Jorge Panzera enfatizou necessidade de se estabelecer um contraponto embasado apenas nas questões voltadas ao desenvolvimento, estabelecendo um debate qualificado e idôneo, evitando rivalidades políticas e regionais, que poderão tornar esse processo democrático em uma guerra política prejudicando a avaliação da sociedade sobre o pleito.
Várias lideranças se manifestaram sobre o tema apresentando opinião contraria a divisão e defendendo uma nova política de desenvolvimento para o Estado do Pará, que leve em consideração a descentralização de investimentos e a necessidade de toda a população do Estado. Segundo Rodrigo Moraes, vice-presidente do PCdoB de Belém , O debate é o passo inicial para que o partido tome posição e participe de forma ativa na campanha em defesa de um Pará forte e unido.

domingo, 14 de agosto de 2011

Homenagem aos Pais de todo o PARÁ


PAI,

Tu és uma pessoa especial! Pode fazer da sua história, a biografia mais bela já escrita, um enredo de vitórias, alegrias e conquistas.

Uma pequena homenagem do PC do B a todos os PAIS do PARÁ que todos os dias LUTAM para REVOLUCIONAR as nossas VIDAS!!

Direção Municipal e Estadual.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

DEBATE SOBRE O PLEBISCITO QUE TRATA DA DIVISÃO DO PARÁ


No dia 12 de agosto (sexta-feira) as 18:00 na sede do PC do B será realizado o primeiro debate sobre o plebiscito que trata da divisão do Pará. CAMARADAS, conto com opoio de todos não só na divulgação deste importante debate, como com a presença de todos.

Saudações,

João Clovis Oliveira "João Maranhão"
Secretário de Comunicação PC do B - Belém

PC do B discute eleições de 2012 e decide apresentar programa para Belém


A comissão política do comitê municipal de Belém reunida na última terça-feira, dia 09 de agosto retomou o debate sobre a participação nas eleições para prefeito e vereadores em Belém.

A reunião, que contou com a presença do presidente estadual do PC do B, Jorge Panzera, analisou detalhadamente o quadro pré-eleitoral e discutiu tarefas. Os candidatos mais ligados ao governador tucano Simão Jatene são Zenaldo Coutinho (PSDB) E Jordy(PPS).O PMDB tem o nome de Priante. O PT ainda está com a candidatura indefinida mas o nome deve sair do campo majoritário como Valdir Ganzer e Alfredo Costa.O Psol tem um nome de densidade que é Edmilson Rodrigues.

Neste cenário o desafio do partido é contribuir para o resgate de um projeto popular e democrático para Belém, dentro do campo do governo Dilma e até possibilitando alcançar o próprio Psol, eleição que pode configurar uma derrota para o campo dos tucanos. Como desafio mais importante para o partido está a eleição de uma bancada de vereadores em Belém em 2012.

O partido, que em 2008 teve candidata a vice-prefeita na chapa com o PT, estará realizando eventos no sentido de discutir um programa para a cidade de Belém, que em 2016 faz 400 anos e deverá apresentar nomes para a disputa majoritária.
Rompendo com a visão de concentração em um só candidato, o partido em 2008 lançou mais de 20 candidatos a vereador e vereadora. Em 2010 lançou uma chapa própria alcançando 85.000 votos, mas, por questões jurídicas, não levou o mandato. Para esta eleição foi montado um grupo de trabalho eleitoral (GTE) que vai ter como tarefa específica o acompanhamento das filiações e candidaturas.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Renato Rabelo: Com páginas sujas, Época ataca o PCdoB

A revista Época, em sua última edição – número 689, de 1º de agosto –, publicou um ataque sórdido ao PCdoB por meio de um texto que envergonha o jornalismo que merece esse nome. Sem provas, nem indícios, e sem ouvir o PCdoB – regras éticas básicas do jornalismo –, afirma que o dinheiro proveniente de uma suposta extorsão contra a advogada Vanuza Sampaio, no âmbito da Agência Nacional do Petróleo (ANP), “era para o PCdoB”.

Por Renato Rabelo*

Vamos demonstrar que se trata de uma mentira, de uma acusação leviana que assaca contra a honra da legenda dos comunistas cuja marca destacada é o zelo e a defesa do patrimônio público. Essa montagem grotesca contra o PCdoB não é um fato isolado, faz parte de um movimento orquestrado que, manipulando a justa bandeira do combate à corrupção, tenta paralisar o nascente e promissor governo da presidenta Dilma Rousseff.

Na edição anterior, Época usou a referida denúncia de extorsão como principal pretexto para, em matéria de capa, caluniar a reputação da ANP. O enredo gira em torno de um vídeo gravado em 2008 onde dois personagens, Antonio José Moreira e Daniel de Carvalho Lima, estariam em nome de Edson Silva – membro do PCdoB e ex-superintendente de Abastecimento da ANP –, fazendo chantagens à advogada quanto à tramitação de processos. Moreira e Carvalho Lima são apresentados pela revista como “assessores” da Agência. Outro capítulo do enredo versa sobre um encontro que a senhora Vanuza teria tido com Edson, num café no centro da cidade do Rio de Janeiro, quando a questão teria sido também tratada.

Em nota, a ANP repeliu esta e outras acusações de Época. Em primeiro lugar, Moreira e Carvalho Lima nunca foram assessores da ANP tão pouco pertencem a seu quadro de servidores permanentes. Moreira, servidor da Procuradoria da Fazenda Federal, acompanhava – como de praxe nos órgãos públicos – os processos da ANP. Carvalho Lima foi por lá um estagiário. E os dois estão fora da Agência já há mais de dois anos. A ANP acrescenta ainda que desde 2009 – quando soube da dita gravação – se colocou à disposição do Ministério Público e forneceu à Época essas informações, isto é, há mais de dois anos.

Em relação às acusações feitas contra Edson Silva, diz a nota da ANP que ele afirma categoricamente jamais tê-los autorizado a falar em seu nome na questão em foco e não ter se encontrado com a advogada num café no centro do Rio de Janeiro. E mais. Interpelada judicialmente por Edson Silva, para confirmar as acusações, Vanuza Sampaio – em peça por ela assinada em conjunto com seus advogados e encaminhada com data de 8 de julho de 2009, à 32ª Vara Criminal da Capital (RJ) – diz: “nunca se sentiu prejudicada ou perseguida pelo interpelante”.

Como essa esclarecedora resposta da ANP desmascarou a investida caluniosa de Época, a ponto de esta ficar falando sozinha sobre um pretenso escândalo que somente ela enxergou, agora, na sua edição da semana em curso, “requenta” o assunto e volta sua carga contra a honorabilidade do PCdoB e de uma de suas destacadas lideranças da política nacional, Haroldo Lima, diretor-geral da ANP. Personalidade que vincou sua presença em episódios marcantes da história brasileira e que engrandece o Partido Comunista do Brasil, legenda que ajudou a construir.

A acusação de Época contra o PCdoB seria surreal se não fosse, antes de tudo, criminosa. A revista diz que o PCdoB teria recebido dinheiro por crime de extorsão. Ora, conforme acima exposto, a denúncia de extorsão está sendo investigada, e as instituições encarregadas de apurar o caso têm tido todo apoio do diretor-geral da ANP, Haroldo Lima. Os personagens que aparecem na gravação que seria a prova do referido delito – Antônio José Moreira e Daniel Carvalho de Lima – não são filiados e nunca tiveram qualquer vínculo com o PCdoB. Quanto às acusações da advogada Vanuza Sampaio a Edson Silva, membro do Partido, elas ficam nulas porque para a revista Época ela diz uma coisa, e para a Justiça outra. Senão vejamos. Sobre a resposta dela à interpelação judicial, à revista ela diz: “Apenas neguei que fui fonte da referida matéria. Nunca voltei atrás em nada”. Já para a Justiça, ela proclama outra verdade: “nunca se sentiu prejudicada ou perseguida pelo interpelante”. E a senhora Vanuza vai além, na reposta à interpelação, ela elogia Edson Silva. A advogada diz textualmente: “aproveita a oportunidade para enviar os votos de consideração profissional ao atual Superintendente da ANP, Sr. Edson Menezes da Silva”. Fica nítida, portanto, a má fé da revista Época. O crime de falsidade, de calúnia que cometeu contra o PCdoB.

Além da mentira, da calúnia, a matéria destila o preconceito de um conservadorismo que não admite que forças progressistas, como o Partido Comunista, ou lideranças da esquerda, exerçam responsabilidades relevantes na democracia brasileira. Haroldo Lima, diretor-geral, da ANP, toda vez que é citado na matéria vem com um registro típico da época da ditadura: “o comunista”. Como se convicções e opções ideológicas fossem um estigma e não um direito democrático. É difícil para esse conservadorismo admitir que o engenheiro Haroldo Lima, que foi por cinco mandatos deputado federal, se capacitou como uma das principais autoridades do setor de petróleo e energia do país. Que soube formar e liderar uma equipe plural, de técnicos e profissionais de alto gabarito, e conduziu a ANP para um novo patamar de sua atuação. Teve atuação destacada na elaboração do marco regulatório do petróleo das camadas do Pré-Sal. Dinamizou a ANP com a atuação na área do biodiesel e dos biocombustíveis. Criou a superintendência de fiscalização que nos últimos anos reduziu muito positivamente os índices de adulteração de combustíveis. E com a realização de concursos públicos agregou talentosos recursos humanos à Agência.

O PCdoB na atualidade, decorrente de seu programa partidário e do convite advindo de méritos na sua atuação política, tem quadros e lideranças no exercício de responsabilidades públicas nas distintas esferas de governo. Neste trabalho, tem como princípio e como prática o rigoroso zelo pelo patrimônio público. A gestão de Haroldo Lima à frente da ANP é regida por esse princípio e tem sido fiscalizada e aprovada nos termos da lei. Já o Partido como instituição tem toda sua movimentação contábil e financeira aprovada pelos órgãos competentes da República.

Época tenta enxovalhar uma legenda de 90 anos que, se manchas tem na sua bandeira, são de sangue de seus militantes que morreram na luta contra as ditaduras e pela democracia. Mas, sua investida resultou em fracasso, posto que sua denúncia suja de mentiras revelou-se uma calúnia que não encontra eco.

Brasília, 2 de agosto de 2011

* Renato Rabelo é presidente Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Carta dos Camponeses do Araguaia ao companheiro Lula.

Companheiro Lula,

Somos centenas de homens e mulheres, retirantes dos largos sertões brasileiros, filhos das grotas e das currutelas, das matas e da alargada pobreza, somos a humanidade do caudaloso Araguaia, rio largo dos Karajás, dos garimpos e dos castanhais.

Por todo um período histórico fomos atingidos violentamente quando, em 1972, tropas militares ensandecidas invadiram a região, palmilharam nossas casas e roças, perseguindo a nós e aos nossos amigos na qual chamávamos carinhosamente de “Povo da Mata” e que depois se tornariam guerrilheiros lutando pela insurgente liberdade.

Nesse processo o regime se voltou contra os guerrilheiros e, também, contra nós. Pudemos conhecer a tortura, o pau-de-arara, nossas filhas foram violadas e fomos atingidos naquilo que para nós é mais sagrado, a dignidade.

Nossas poucas terras foram tomadas e nos submeteram a miséria.

Transformaram-nos em rastejadores para caçar quem sempre nos teve respeito e solidariedade.

Se temos na atualidade, direito ao voto e à organização, se os sindicatos tem autonomia, se os trabalhadores podem reivindicar direitos e se não há mais censuras e exílios é porque muitos lutaram e morreram num combate sempre desigual contra as forças de segurança da ditadura militar.

Companheiro Lula,

Uma dívida histórica o Brasil têm para conosco, camponeses dos sertões do Araguaia.

Uma dívida reconhecida, cantada em verso e prosa, anunciada pelas mais altas autoridades do país

No tempo em que dirigias o Brasil, conquistamos nossos direitos de anistiados e o país ousou pautar a civilizatória luta pelo direito à memória e a verdade.

Há dois anos, companheiro, as gentes de Brasília e de Belém pousaram na pequena São Domingos do Araguaia e numa manhã clara, densa, houve pedidos de perdão oficial, discursos, lágrimas, bandeiras vermelhas como nunca tinha se visto por aqueles rincões. Tu estavas lá, sentíamos isso.

As gentes de São Geraldo à Itaipavas, de Boa Vista à Gameleira, da Piçarra à Xambioá, do Tabocão ao Brejo Grande, da Palestina à Santa Izabel, da Santa Cruz à Vila Sucupira e até os que ficam mais distantes, na Serra dos Martírios/Andorinhas, foram a aquela antiga currutela, hoje município, verem direitos serem reconhecidos.

Todos estavam comovidos.

Um contentamento que faz furor no povo relampejava por nossos olhos agrestes e uma festa popular se anunciou na praça da cidade, e num vento democrático que soprava cintilante reconheceu-se a carne violada do mais brasileiro dos brasileiros, os camponeses pobres do Araguaia.

O ministro por trás dos bigodes não conseguia esconder a emoção.

A governadora sob o sol quente suava em bicas e o prefeito era todo sorrisos. Deputados davam tapinhas nas costas e flashes espocavam em nossos rostos sofridos.

No centro de tudo estávamos lá, centenas de lavradores atingidos pelo terrorismo dos estreludos generais que tomaram o país de assalto e sufocaram, por vinte e um anos, as liberdades públicas e a democracia.

Ali, naquele ato festivo, da vitória da memória sobre o esquecimento, anunciou-se nossa condição de anistiados políticos e, por conseguinte, a importante reparação econômica para que pudéssemos viver uma vida mais digna, sem a miséria geral que insiste fazer morada em nossas vidas.

Companheiro Lula,

Acontece que satanás sempre vem a galope.

Dias depois de nosso reconhecimento, como quem enviado por belzebú, a mais infame caricatura de nosso passado repressor, o tristemente famoso Deputado Jair Bolsonaro, toma a tribuna da Câmara dos Deputados e faz um contundente discurso contra nós e nos chama de “marginais do Araguaia”.

Ato contínuo, um advogado a soldo das viúvas da ditadura militar dá entrada em uma ação civil pública na vigésima - sétima Vara Federal do Rio de Janeiro e um Juíz substituto, José Carlos Zebulum, decide apenas com recortes de jornais suspender nossos direitos à reparação econômica.

Dois anos já se passaram e cinco daqueles que estavam naquela festa democrática de São Domingos já foram a óbito. Morreram de tristeza.

O último, na Palestina do Pará, em novembro de 2010, num pequeno e mal-equipado hospital público no interior do Pará. .
Um de nossos muitos amigos, o jurista César Brito, ex-presidente da Seção Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, diz que o sentido da liminar que suspendeu nosso direito está no fato de que os conservadores querem inviabilizar as conquistas que a luta pelo direito à memória e a verdade tem ensejado na vida nacional.

Não pensemos que tais posições, anacrônicas, estão mortas.

Um conjunto de fatores nos ensina que o aprofundamento da vida democrática terá um longo e árduo caminho a percorrer e o reconhecimento daquilo que foi feito contra os pobres do Araguaia é parte desta imensa tarefa, que ajuda a emancipar o Brasil.

Um desses fatores, na qual estamos comprometidos, é o de lutar para encontrarmos nossos amigos guerrilheiros que para nós é questão de honra.

Aliás, fomos os primeiros a informar o país sobre locais de sepultamentos, como no Cemitério de Xambioá. Em 1980, quando da primeira caravana de familiares não
tivemos medo em receber pais, mães e irmãos dos insurgentes do Araguaia.

Guardamos, ainda, a mesma coragem da Maria da Metade.

Precisamos de tua voz, companheiro Lula.

Mais do que nunca precisamos de vozes a defender o nosso povo sofrido, seja aqui ou em qualquer lugar deste país brasileiro onde houver, contra os mais modestos, humilhações como as que têm sido feitas contra nós, lavradores dos sertões do Araguaia.

Aqui concluímos que estaremos seguros de nossos direitos se a tua voz, a mais importante voz do povo brasileiro ecoar, com a força que têm e com o significado que ensina de que sempre a esperança haverá de vencer o medo.

São Geraldo do Araguaia, 30 de Julho de 2011.

Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia
Instituto Paulo Fonteles

Paulo Fonteles Filho: Resposta ao jornalista Elio Gaspari

Acabo de ler, em São Geraldo do Araguaia, a coluna “A Bolsa Ditadura não chegou ao Araguaia” do jornalista Elio Gaspari publicada neste domingo (31) na Folha de S.Paulo — um dos mais proeminentes jornalões do país.

Por Paulo Fonteles Filho*
O jornalista que há anos tem se dedicado ao tema da repressão política brasileira, já na chamada da matéria revela quais as posições que irá defender submetendo centenas de milhares de brasileiros ao consumo de opiniões estranhas e elitistas. Tudo isso acontece no bojo do debate que vai crescendo na sociedade brasileira sobre a aprovação (ou não), pelo Congresso Nacional, da Comissão da Verdade, instrumento fundamental para a elevação da vida democrática do país.

Particularmente chama a atenção o jocoso termo “Bolsa Ditadura”.

O centro do problema ensejado no título é a crença de que reparação às vítimas da quartelada de 1964 é uma mordomia para aqueles que foram duramente perseguidos pelos estreludos generais de então.

As distorções não correspondem ao conjunto de uma ação governamental mais ampla e politicamente importante, de reconhecimento de que durante todo um período histórico os brasileiros, milhares, foram vítimas de um Estado arbitrário e terrorista.

Conteúdo quente em boa letra transforma-se em arma poderosíssima, ensinam os mestres.

No fundo o problema é sempre de reconhecimento. E isso incomoda parcela significativa das nossas elites porque a noção das violações cometidas contra o nosso povo e sua humanidade são tão graves e contundentes que o país não poderá conviver com a impunidade.
Ademais, reconhecimentos “só se podem obter por meio do processo e castigo aos responsáveis”, ensina Juan Mendéz, relator especial da ONU Contra a Tortura.

Talvez, por isso, alguns defendam as “Ditabrandas”, rebaixando as infames câmaras de tortura em cascudos nos meninos travessos brincando de tomar o poder político em dias ensolarados.

O trabalho da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça tem revelado ao Brasil o nível do arbítrio perpetradas pelos que comandaram o país por longos vinte e um anos. E isso incomoda, muito.

Incomoda também a verdade como ela é, sem falsificações.

O jornalista Elio Gaspari nos dá um dado estarrecedor do massacre de “cerca de 60 pessoas”, todos guerrilheiros.

Aqui a questão de fundo é a história oficial.

Tal interpretação elimina por completo o entendimento de que a violência perpetrada só atingiu os jovens combatentes que vieram para a Amazônia lutar pelas liberdades e não alcança o que de fato ocorreu pelas matas paraenses, de que os camponeses foram duramente atingidos.

Não sabe o jornalista de que podemos ter mais de centenas de casos de camponeses fuzilados. Há poucos meses no escopo deste trabalho de buscas aos restos mortais dos heróis do Araguaia — na qual participo — coordenado pelo governo federal tivemos a informação de que 17 castanheiros foram destroçados em São João do Araguaia em 1974.

Foi preciso doses cavalares de violência contra os amigos do “Povo da Mata” para que a guerrilha fosse derrotada. Naquele terrível processo os camponeses pobres se tornaram inimigos centrais das leis de segurança nacional.

Com o mesmo conteúdo oficial procura estender aos organizadores da guerrilha, o PCdoB.

Diz, para a catarse dos lobos felpudos da direita brasileira que o principal dirigente comunista brasileiro dos últimos quarenta anos, João Amazonas, havia covardemente abandonado o seu posto de luta. Assim como Arroyo, principal dirigente militar dos comunistas naquela experiência histórica.

Quando ouço tal destempero fico pensando que nossas elites torceram muito para que Amazonas tivesse sido preso, torturado, retalhado e jogado em vala clandestina para que ninguém o encontrasse como fizeram com o Grabois.

O jornalista parece não se conformar com o fato de Amazonas ter sobrevivido.

Melhor seria se aquele maldito comunista tivesse caído nas mãos da comunidade de informações, não é? Como faria bem ao velhinho bolchevista uma estadia básica na Barão de Mesquita ou na “Casa da Judiaria” , infame câmara de torturas da Base Militar de Xambioá.

Bom, a lógica está desbotada pelo uso sem critérios: matamos moralmente aqueles que não matamos sob tortura. E isso, vai me parecendo coisa de Ustras, Lícios e Curiós, para citar os vivos.

Por acaso agora os representa, Elio Gaspari?

Será por isso que poupas o verdadeiro autor da ação que suspendeu as reparações dos camponeses, o caricato fascista Bolsonaro?

Deves conversar muito com os generais Abreu, Bandeira e Viana Moog através daquelas cartas do além. Foram eles que te pediram para interpretar tão sórdido papel?

Minha mãe, presa e torturada no PIC de Brasília costuma dizer que os violentos devem tremer no túmulo quando sabem que ministros se misturam ao povo, porque nem ministro, nem presidente deve se misturar à ralé. Ainda mais com camponês amigo de guerrilheiro.

Ela, que peitou o estreludo General Bandeira, grávida deste que vos fala aos ouvidos, fez o comentário à época em que o Tarso Genro esteve na pequena São Domingos do Araguaia no ato de reconhecimento aos pobres do Araguaia.

Agora a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, é alvo da graciosidade do pai do Eremildo.

Deve ser porque a gaúcha, que suava em bicas sob o sol amazônico, se comprometeu em ajudar na luta das centenas de lavradores perseguidos do Araguaia e deu, a esses homens e mulheres destes sertões de nacionalidade profunda, a atenção que eles merecem.

Outra coisa, especulo cá com meus botões, é o fato de que Maria do Rosário está determinada em realizar duas coisas, dentre as tantas que sua pasta enseja: entregar às famílias os restos mortais daqueles que tiveram desaparecimentos forçados e a instalação da necessária Comissão Nacional da Verdade.

Se a ministra gaúcha ficasse em gabinete apreciando chimarrão jamais estaria no corolário gracioso dos oficiais porta-vozes de jornalões.

Ademais, os camponeses não precisam das coletas dos samaritanos de plantão, porque isso para eles é perpetuar as humilhações e indignidades.

Os camponeses exigem justiça e reconhecimento.

A patuléia, nesse caso, adquiriu pessoa e postura.


* Paulo Fonteles Filho é pesquisador da Guerrilha do Araguaia

Blog do Açai Belém retorna ao ar

Após 20 dias de férias retomamos nossas atividades publicando duas cartas remetidas da Região do Araguaia, uma da Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia e outra de nosso companheiro Paulo Fonteles Filho. Vale a pena conferir!