quinta-feira, 15 de abril de 2010

A POLÊMICA DE BELO MONTE

A suspensão do leilão para a construção da usina de Belo Monte, marcado para 20 de abril, é mais um dos obstáculos que este projeto enfrenta para sua concretização. Há argumentos ambientais, econômicos, e a interferência do imperialismo norte-americano. Mas o governo brasileiro garante que a obra sai: ela é necessária para o desenvolvimento do país.

Lula foi duro contra as ong's que se mobilizam contra a construção da usina. "Nós ficamos 20 anos proibidos de fazer até os estudos de viabilidade para Belo Monte, e agora estão aparecendo ONGs do mundo inteiro para protestar contra a hidrelétrica. Não precisam vir aqui dar palpite. Fizemos revisões do projeto e o lago vai ser um terço do que se havia pensado no início", afirmou, disse, garantindo que "ninguém tem mais interesse em defender a Amazônia e os índios do que o próprio Brasil".

Ela é considerada fundamental para garantir o fornecimento de energia elétrica para o desenvolvimento do Pará e do nordeste - desenvolvimento que, segundo as previsões, vai ser acelerado daqui para frente. E que poderá ser comprometido se não houver oferta suficiente de energia elétrica.

A opinião da Governadora Ana Júlia: "Não se pode impedir o desenvolvimento do Pará com ações que não são do interesse de maior parte da população".

A intensa polêmica ganhou (dia 12) a arrogante e inoportuna adesão do cineasta canadense James Cameron (diretor do filme Avatar), que teve a petulância de, em um ato público contra a construção da Usina realizado em Brasília, ameaçar a soberania nacional sobre a Amazônia dizendo que “o problema de Belo Monte não é só do Brasil” mas do mundo todo, e que vai levar a questão ao Congresso dos EUA. "Vou para Washington para conversar com senadores”, ameaçou, como se lá houvesse alguma autoridade competente para tomar qualquer decisão sobre a construção de uma usina em território brasileiro!

Cameron foi imediatamente criticado pelo vice-presidente José Alencar: é a opinião de uma pessoa. “Se passar da conta, “tem que dar um pito ‘nele’”, disse o vice-presidente. Ele foi diplomático: qualquer opinião dessa "pessoa" sobre questões que dizem respeito estritamente à soberania nacional e à integridade de nosso território são inaceitáveis pois tratam-se de decisões que cabem exclusivamente ao Estado brasileiro.

Síntese de Artigo de José Carlos Ruy do Portal Vermelho

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