sábado, 8 de maio de 2010

VIETNÃ – parte 5 O PÓS GUERRA

Os vietnamitas, nesses 35 anos, tiveram que cuidar de outro problema, para o qual a guerrilha e seus inventos não eram solução. Como alimentar e desenvolver uma nação tão pobre e destruída? Essa é a outra história do Vietnã indomável.
Nos finais dos anos 70 e início dos anos 80, o país enfrentou uma crise econômica e social pelas dificuldades herdadas da guerra e pela aplicação mecânica de construção do socialismo, segundo reconhece o Partido Comunista do Vietnã.
A partir de 1986 inicia-se um movimento de retificação que se aprofunda a partir da derrota do socialismo na URSS. Segundo o relatório do 8º Congresso do PC, “Renovar não significa mudar de objetivo socialista, mas ter uma concepção mais justa do socialismo e realizar este objetivo através de formas, passos e medidas apropriadas.”
Neste mesmo Congresso aprovou-se uma orientação mais flexível, preservando a direção do Partido Comunista, a hegemonia do setor socialista na economia, a manutenção dos planos qüinqüenais, mas adotando mecanismos de mercado e uma abertura controlada a investimentos privados, principalmente estrangeiros.
O resultado desse processo levou o Vietnã a ser a segunda economia que mais cresce na Ásia. De 1991 para cá, as taxas médias de crescimento foram de 8,2%, 13,3% na industria, 27% na produção de alimentos e 20% nas exportações. Atualmente, o país já ultrapassou muitos de seus vizinhos, tendo o segundo crescimento econômico mais rápido da Ásia.
Vietnã teve um crescimento econômico de 8,4% em 2005, e as exportações para os EUA aumentam mais rápido que as exportações chinesas. Empresas americanas, como a Nike e a Intel, e investidores do mundo inteiro estão pondo dinheiro no país. Os vietnamitas estão se reestruturando mundialmente.
Segundo a ONU, somente entre 89 e 1993, a parcela de famílias abaixo da linha da pobreza caiu de 55% para 20% .
Há em curso uma campanha para ampliar e aperfeiçoar a democracia socialista, o estado de direito, criticando e punindo a violação dos direitos do povo por parte de dirigentes partidários e de funcionários do Estado, combatendo o burocratismo e a corrupção.

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