sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dilma conquista apoio decisivo em Estado dominado por Serra

Candidata do governo Lula à presidência, Dilma Rousseff reuniu-se, na noite passada com mais de 800 líderes políticos paranaenses, em uma oportunidade para demonstrar o alcance político da aliança realizada por 10 partidos políticos no Estado. O candidato tucano José Serra ainda aparece à frente da petista no Paraná.

Estiveram presentes ao encontro cerca de 230 prefeitos. No Estado, Osmar Dias (PDT) – irmão do senador Álvaro Dias (PSDB), rejeitado como candidato a vice na chapa do tucano José Serra (SP) – concorre ao governo, tendo como vice o deputado federal Rocha Loures (PMDB). Gleisi Hoffmann (PT) e o ex-governador Roberto Requião (PMDB) são candidatos ao Senado.

A construção dessa aliança, que também inclui o PCdoB, foi negociada à exaustão. Dilma e os demais aliados reforçaram a importância e o papel de destaque do atual governador, Orlando Pessuti, que desistiu de concorrer ao cargo pela aliança.

– Numa campanha presidencial, o que tem de mais forte é esse encontro que a gente tem com as pessoas e olhar diferente das pessoas. Tem momentos especiais. É como na vida, a gente vê a grandeza de certas ações e as vitórias que nos dão força para persistir e ter força para ganhar a eleição presidencial. E hoje eu assisti um desses momentos – disse a candidata.

Dilma acrescentou que viu no Paraná “um momento de vitória”.

– Nessa minha caminhada na busca da continuidade do projeto do governo Lula, acredito que o Paraná vive aqui na expressão dessa aliança a unidade em torno do projeto – afirmou.

Aliança forte

Em seu discurso, Osmar Dias lembrou que as conversas para a montagem da aliança duraram um ano e meio. Segundo ele, Dilma tem o seu apoio porque o governo Lula conseguiu a melhoria das condições sociais.

– Eu apoio as políticas do governo Lula desde o começo, mas demorei um ano e meio para falar companheiro e companheira. E vou ter que aprender a falar camarada também porque o PCdoB está com a gente – discursou.

Dilma ressaltou novamente que a visão do seu projeto difere dos adversários porque enxerga as iniciativas federais como benefício para os 190 milhões de brasileiros e não apenas como uma forma de elevar os números da economia. Para ela, esses avanços não são obtidos sem a parceria com os prefeitos e os governadores. “Estou aqui diante de lideranças políticas que sabem que jamais perguntamos a origem partidária de quem quer que seja, prefeito, prefeita, secretário, ou funcionário, ou governador. Governar tem de ser com todos, com cada um dos eleitos pelo voto popular. Essa foi a marca do governo Lula.”

Valor da parceria

Dilma também ressaltou a importância da interação entre os governos para gerir o país.

– Não se administra, se transforma um país, sem parcerias firmadas entre governo federal, Estados e municípios – disse.

A candidata fez uma retrospectiva da situação do Brasil em 2002, citando os programas criados no atual governo e se comprometeu em implantar a segunda etapa do programa Minha Casa Minha Vida com a construção de 2 milhões de moradias. Prometeu, ainda, investir mais na educação, com a criação de escolas técnicas em todos os municípios com mais de 40 mil habitantes.

– Em todas as localidades onde houver carência vamos levar o ensino profissionalizante, que garante renda melhor ao trabalhador qualificado – afirmou.

A ministra foi a Curitiba acompanhada do candidato a vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP) e encerrou seu compromisso na capital paranaense por volta de meia-noite.

Correio do Brasil

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