terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pescador captura tambaqui gigante no Amazonas

Um pescador de uma comunidade ribeirinha de Maraã, no norte do Amazonas, capturou um peixe tambaqui gigante: 1,15 m de comprimento e 44 kg – normalmente a espécie tem entre 15 e 25 kg.
Devido ao tamanho do exemplar, a prefeitura da cidade doou o tambaqui ao Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).
O tambaqui (Colossoma macropom) é um peixe nobre da bacia amazônica. Segundo maior peixe de escamas do Brasil – só perde para o pirarucu -, se alimenta de frutos, folhas e caules. Sua pesca é controlada, mas a espécie não está em extinção.
A doutora em ecologia Sidinéia Amadio, que trabalha no Inpa há 28 anos, disse que nunca tinha visto um tambaqui de 44 kg. “Pelos registros que nós temos no Inpa, esse é o maior, é uma raridade”, disse.
Pelo tamanho do peixe, a pesquisadora acredita que o tambaqui gigante tenha entre 12 e 15 anos de idade. “Ele deu muita sorte de não ter sido pescado antes”, afirmou.
Amadio afirmou que o peixe será preservado com formol para fins de pesquisas educacionais. Em no máximo três meses, o público poderá ver o tambaqui gigante na exposição da coleção de peixes do Inpa.
Pescador – A reportagem não localizou Nilton Firmino, 40, que pescou o tambaqui. Ele mora em uma comunidade isolada do rio Auti-Paraná (630 km de Manaus). Ele vendeu o tambaqui na feira da cidade por R$ 600 ao comerciante João Kennedy Mesquita.
O comerciante disse à reportagem, por telefone, que Firmino pescou o tambaqui no final de julho, no lago Anarucu, que deságua no rio Auti-Paraná, subafluente do Japurá, região de Solimões.
“Ele [Firmino] viu um bicho se debatendo e não conseguiu puxar [o peixe] com o anzol. Foi em casa e pegou um arpão, pensando que era um peixe-boi. Quando tirou da água viu que era um tambaqui”, afirmou Mesquita.
O comerciante disse que vendeu o tambaqui ao prefeito de Maraã, Dilmar Santos Ávila (PTB), por R$ 1.000. O prefeito fretou um avião para transportar o animal para o Inpa, em Manaus, em seis horas de viagem. “É uma coisa inédita, que não podia ser consumida para o bem da ciência”, disse. (Fonte: Kátia Brasil/ Folha.com)

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