A Pnad (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios) 2009, divulgada nesta quarta-feira (8), indica que 34,7% dos domicílios brasileiros têm computador. Já a internet chega a 27,4% dos lares. Esse levantamento do IBGE tem como base entrevistas feitas com 399.387 pessoas, em 153.837 domicílios do país.
A região Sudeste apresenta a maior proporção de domicílios com computador e de máquinas com internet: 43,7% (ou 11,2 milhões) e 35,4% (ou 9 milhões de lares conectados). Na sequência aparecem Sul ( 42,6%; 32,8% com conexão), Centro-Oeste (35,7%; 28,2% com conexão), Norte (20,3%; 13,2% com conexão) e Nordeste (18,5%; 14,4% com conexão).
O Sudeste também é a região com maior número de internautas: são 33,5 milhões de pessoas, ou 49,3% dos usuários da web no país. Esses 33,5 milhões representam 48,1% da população local. No Centro-Oeste, 47,2% das pessoas têm acesso à internet. No Sul, a web faz parte da vida de 45,9%. As regiões que têm menor penetração são Norte (34,3%) e Nordeste (30,2%). (Por Juliana Carpanez )
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Foi inaugurado sábado passado, no bairro do Benguí, em Belém, o Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), que forma alunos bolsistas em conserto e programação de computadores.
O programa Navega Pará foi fundamental para que o CRC ficasse em Belém, e não em Manaus, e com ele aprendemos que, tendo oportunidade, cada um de nós, das capitais ou das beiras dos rios amazônicos, pode mudar a História – pessoal, do Pará, do Brasil.
Leia abaixo matéria publicada no jornal O Liberal, de Belém, sobre o o Centro de Recondicionamento de Computadores:
“Muitos pais chegam aqui com o filho, e dizem que esse menino não tem mais jeito. Mas nós, de Emaús, sabemos que todo muito tem jeito, quando tem oportunidades.” As palavras da estudante Natalina Rodrigues, 21 anos, resumiram os sentimentos dos presentes à inauguração do Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), na República de Emaús, Benguí, na manhã de sábado passado. “Não aprendemos aqui só a manutenção de computadores; aprendemos a manutenção da mente.”
Natalina falava em nome dos 60 primeiros bolsistas do CRC, projeto do governo federal e do governo do Estado, executado em parceria com a República de Emaús. Há sete CRC’s no Brasil - o de Belém é o único da região Norte. Os centros recebem computadores obsoletos, ou com defeitos, recondiciona e instala os principais programas. Em seguida, as máquinas são doadas para instituições com fins sociais, cadastradas junto ao governo federal: associações, sindicatos, centros de inclusão digital, organizações não-governamentais (ong’s).
Cada bolsista recebe R$ 100 por mês, para fazer um curso completo de 800 horas, ao longo de dez meses (a primeira turma começou a estudar em março e termina em dezembro). “O curso engloba o conserto da máquina, a identificação das peças, funções, correntes, instalação de impressoras e recuperação de monitores, funcionamento em rede e também a navegação pela internet e a instalação de softwares”, explica Adalberto Rodrigues, coordenador do Centro de Formação Profissional (CFP) de Emaús, ao qual se vincula o CRC.
O padre Bruno Secchi, coordenador-geral da República de Emaús, lembrou que o CRC era mais um sonho realizado “desde que, 40 anos atrás, iniciava-se um trabalho com seis crianças que andavam pelo Ver-o-Peso”. O padre lembrou que Emaús “é uma casa de paz, e de conquistas: conquista da dignidade, do conhecimento, de condições de inserção nesse mundo tão cheio de contradições.” Com o CRC, finalizou o padre, “vocês podem, depois, montar o próprio negócio, se tornarem empreendedores.”
O secretário estadual de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), Maurílio Monteiro, lembrou que, anos atrás, jamais se imaginou que alguém que vendia coisas na rua, e só calçou os primeiros sapatos aos dez anos, se tornaria presidente da República. “No entanto, o presidente Lula está aí, provando que só precisamos de oportunidades. E é isso que o governo do Estado faz: gera oportunidades para todos, para que cada de nós, de vocês, possa mudar a história. E não esqueçam: os computadores que vocês recuperarem gerarão oportunidades a milhares de outros garotos e garotas, em vários Estados.”
João Weyl, secretário-adjunto da Sedect, lembra que, inicialmente, o CRC estava programado para ser construído em Manaus. “Só conquistamos o centro para Belém pela contrapartida imediata que oferecemos ao projeto (mais de R$ 200 mil, para R$ 400 mil do governo federal) e por causa da estrutura de nosso programa Navega Pará, logo reconhecido como o maior programa de inclusão digital do país”.
O CRC do Pará terá capacidade para recondicionar cerca de 250 computadores por mês. As máquinas serão doadas por empresas e pessoas de vários Estados. Chegarão a Belém por convênio com os Correios e retornarão, aos futuros usuários, também pelos correios, a Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Até o final do ano, já há a demanda de 600 computadores a instituições já aprovadas. As que desejem receber as máquinas precisam se inscrever pelo site www.computadoresparainclusao.gov.br.
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