sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Universidade Brasileira contra José Serra

O Manifesto dos 5 mil, atualmente com quase 6.000 assinaturas de professores, postado no blog http://emdefesadaeducacao.wordpress.com/, comprova a rejeição a José Serra no âmbito da Universidade brasileira.

Critica seu autoritarismo como governador, sua tentativa de revogar a relativa autonomia das Universidades Estaduais paulistas, o uso da força para resolver conflitos e o achatamento salarial, em época de recordes de arrecadação de impostos. Tais métodos estendem-se ao sistema de ensino fundamental e médio, cujo desempenho sofrível revela o fracasso da política educacional que, sob o comando de Paulo Renato, não esconde seu ímpeto privatizante.

Esse diagnóstico torna-se ainda mais desfavorável a José Serra quando comparado ao êxito da política educacional do governo Lula. Sob o comando do ministro Fernando Haddad expandiu-se o número de vagas e de Universidades Federais; institui-se o Prouni, modalidades de cotas e simplificação do crédito estudantil, possibilitando o inédito acesso à Universidade de estudantes oriundos das faixas mais pobres da população. Criaram-se mais de 150 escolas técnicas federais. O ensino fundamental e médio foi reforçado por verbas em escala nunca vista, o que possibilitou o estabelecimento de um piso salarial nacional de professores. Estes se tornaram ainda alvos de engenhosos programas de formação continuada.

O Manifesto também destaca que a campanha de José Serra “promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina a difamação manipulando dogmas religiosos”.

E encerra, relembrando a crítica de Marx ao sobrinho de Napoleão, afirmando que “a celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor”O retrocesso inerente à candidatura Serra foi condenado não apenas pelo expressivo número de assinaturas, mas também pelo endosso ao Manifesto de alguns dos mais importantes intelectuais brasileiros. (Ricardo Musse – Carta Capital)

Nenhum comentário: