quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O mundo do trabalho se beneficia com recorde de empregos e alta salarial

Nesses oito anos de governo Lula, com a geração de 15 milhões de empregos com carteira assinada e culminando com o recorde de 2,5 milhões de vagas no ano passado beneficiou sobremaneira os trabalhadores. Combinado com a ampliação nos rendimentos reais, levou a massa salarial real a acumular, pelo quinto ano consecutivo, um avanço expressivo — o salto entre 2009 e 2010 foi 7,6%.

Nesse último ano, a grande maioria das categorias teve aumento real de salário, impulsionando fortemente o mercado interno e toda a economia do país.

Mesmo desconsiderando os rendimentos de militares e do funcionalismo, o rendimento médio real no setor privado pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) em sete capitais aumentou 1,4% entre janeiro e novembro, enquanto o emprego formal cresceu 6,1% em 2010 (pelo Caged).

Os principais empregadores também registraram expressivo resultado em 2010. Enquanto o varejo terminou o ano com 601,8 mil comerciantes a mais, o setor de serviços registrou saldo de 1 milhão de trabalhadores. Já o setor de construção civil registrou fechamento líquido de 80 mil vagas no mês passado - no ano, o saldo foi de 329,1 mil empregos formais.

Os petroleiros da Petrobras acumularam ganhos de 1,3% acima da inflação registrada entre 2000 e 2010 e os bancários viram seus rendimentos reais crescerem 3,4%, os operários das montadoras do ABC registraram ganho real de 37,4%, mais que o dobro do já expressivo resultado alcançado pelos químicos - 15,2% acima da inflação no período.

Eram cerca de 60 mil funcionários (petroleiros), em 1994, antes da abertura do setor — base que caiu pela metade até 2002, antes de iniciar uma recuperação acelerada, atingindo os atuais 75 mil trabalhadores.

Entre 2001 e 2003, os bancários tiveram reajustes salariais inferiores à inflação. No primeiro ano do governo Lula, a perda frente à inflação foi a pior desde 1994 — o reajuste ficou 4,92% abaixo da variação acumulada do INPC em outubro daquele ano (17,5%), na data-base da categoria.

Os bancários foram uma das poucas categorias em que houve redução das vagas. Segundo a Contraf, em 2000 os bancos tinham 800 mil funcionários, quase o dobro dos atuais 430 mil. "A tecnologia aumentou muito, claro, mas o número de correntistas também. A redução de trabalhadores não foi apenas produtividade, mas terceirização".

Puxado pelo mercado interno, o Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado passou por avanço superior a 7,5% pela primeira vez em 24 anos, desencadeando problemas na oferta de mão de obra qualificada. "Nosso medo hoje é que o crescimento seja travado por um gargalo de mão de obra qualificada", diz Novais, líder dos trabalhadores do setor químico.

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