quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Brasil é a nova China em energia eólica


Entidade que trabalha para o desenvolvimento do setor afirma que o Nordeste tem melhores condições de geração que a Alemanha

O Brasil se tornou a bola da vez em energia eólica na visão das empresas que atuam no setor, posição detida pela Argentina no final dos anos 1990. Essa é a razão do desembarque das grandes empresas do segmento para disputar os leilões que vêm sendo promovidos pelo governo federal desde o final de 2009. “Todos querem encontrar a nova China e o Brasil está no topo da lista”, diz Steve Sawyer, secretário-geral da Global Wind Energy Council (GWEC).

A capacidade instalada de energia eólica no País era de 606 megawatts em 2009, segundo dados da GWEC, organização não governamental com sede em Bruxelas, na Bélgica, que trabalha pelo desenvolvimento do setor em todo o mundo. No ano passado, diz a entidade, foram acrescentados mais 326 megawatts à capacidade brasileira, elevando o total para cerca de 930 megawatts, quase metade do que está disponível em toda a América Latina.

O norte-americano Sawyer, secretário-geral da GWEC, está bastante otimista com o Brasil. Ele está em São Paulo para o “Wind Forum Brazil 2011”, que se realiza até amanhã. Em entrevista ao iG, disse que o Nordeste brasileiro tem uma das melhores condições climáticas para a geração de energia a vento.

“A taxa de geração de energia de uma turbina de um megawatt é aproximadamente 27% da capacidade plena, na média de diversas usinas no mundo, por ano. No Brasil, há locais em que essa taxa chega a 45% ou 50%.

Pode-se dizer que os melhores locais estão no Ceará e no Rio Grande do Norte, com duas vezes mais capacidade de geração que a Alemanha”, conta o executivo.

O crescimento da economia e as condições climáticas têm atraído a atenção das maiores competidoras mundiais do setor, afirma. “O maior sinal é que, desde o leilão de dezembro de 2009, vimos Alston, Gamesa, GE, Siemens, Suzlon e LM Glass Fiber, os maiores integrantes desse setor, se comprometendo a investir.” (Nelson Rocco, iG)

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