segunda-feira, 27 de junho de 2011

Classe C é a única que continua a crescer, aponta FGV


ENTRE 2010 E MAIO DE 2011, A CLASSE MÉDIA É A ÚNICA DO ESTRATO SOCIAL BRASILEIRO QUE CONTINUOU EM EXPANSÃO, SEGUNDO ESTUDO DIVULGADO NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA FGV (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS). NO PERÍODO, 3,6 MILHÕES DE PESSOAS MIGRARAM PARA A CHAMADA CLASSE C, APONTOU A ENTIDADE, QUE USOU COMO BASE OS DADOS DA PNAD (PESQUISA NACIONAL DE AMOSTRAS A DOMICÍLIO), DO IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA).

Classes A, B e C ganham 13,1 milhões de brasileiros desde 2009, diz FGV

A classe C recebeu a maior parte de sua população de classes mais pobres --1,4 milhão saíram da classe E e 356 mil saíram da classe D.

No entanto, as classes A e B apontaram um pequeno recuo no período, o primeiro desde 2003. Segundo a FGV, 237 mil pessoas deixaram as camadas mais abastadas rumo à classe média. As classes A e B representam atualmente 11,76% da população brasileira, ou 22,5 milhões de pessoas.

CRESCIMENTO

O inchaço da classe C é um fenômeno crescente desde 1992, mas sua expansão acontece de maneira mais acentuada desde 2003. Hoje, são 105,4 milhões de pessoas, ou 55,05% da população nesta faixa.

O encolhimento das classes D e E, que em 1992 representavam juntas 62,13% da população, também seguiu a mesma velocidade. Em 2003, 54,85% dos brasileiros eram pobres. Hoje, somadas, as classes D e E representam 33,19% dos 191,4 milhões de habitantes do país.

Mesmo assim, a desigualdade do país ainda é expressiva: enquanto 22,5 milhões de pessoas estão no topo da pirâmide social, 24,6 milhões de brasileiros ainda ocupam a classe E, ou seja, vivem com renda familiar mensal de até R$ 751.

A maioria dos integrantes da classe E também estão abaixo da linha da pobreza extrema definida pelo governo federal. São 16,2 milhões de pessoas vivendo com até R$ 70 mensais.

CRITÉRIO

O IBGE divide as categorias das classes sociais de acordo com a renda familiar mensal. Estão na classe E as pessoas com renda de até R$ 751. Na classe D figuram as famílias que recebem entre R$ 751 e R$ 1.200 por mês. (UOL)

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