PODE NÃO SER O MELHOR DOS MUNDOS, MAS EM POLÍTICA UM PASSO ADIANTE VALE MAIS DO QUE MIL DISCURSOS E MILHÕES DE INTENÇÕES. COM A QUARTA QUEDA SEGUIDA DA TAXA DE JUROS (SELIC, QUE FOI A 10,5% AO ANO) FICA CLARO QUE EXISTE UMA TRANSIÇÃO NA POLÍTICA MONETÁRIA. ALGO NADA DESPREZÍVEL PARA OS PADRÕES E A FORÇA QUE O DISCURSO MONETARISTA AINDA DETÉM NA SOCIEDADE E NO ESTADO.
Mas o caminho é longo, tortuoso e complexo. A indústria nacional teve um ano de 2011 de séria afronta à sua sobrevivência, fato este marcado pela perda de 35,5 mil vagas. A taxa de investimentos com relação ao PIB ainda é muito baixa para os padrões de uma economia continental.
Os entulhos neoliberais continuam em ação, impedindo ainda uma ação contundente para problemas sérios, entre eles o do próprio perfil da dívida pública e da taxa câmbio. O investimento público e privado precisa crescer numa velocidade capaz de tirar nosso país do atraso não somente em relação aos países desenvolvidos, mas mesmo entre nossos parceiros do BRIC`s.
As ameaças externas ao nosso desenvolvimento ainda estão vivas. O crescimento previsto para o mundo em 2012 é de apenas 2,2%. E o Brasil pode crescer 5%. É momento de o país apostar na construção de um mercado interno vigoroso e num crescimento mais pautado no investimento e menos no consumo.
Nosso país tem capacidade, disso não temos dúvidas. O horizonte se abre cada vez mais diante da nação. Esta nova queda da taxa de juros é apenas expressão deste movimento.
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