quinta-feira, 11 de março de 2010

DONOS DA MÍDIA INVESTEM CONTRA A DEMOCRACIA

Ainda repercute a realização em São Paulo do evento organizado pelo Instituto Milenium: “1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão” que reuniu a nata da mídia nacional, com representações da Venezuela e Argentina.

Com o pretexto de defender a liberdade de expressão, donos da mídia investem contra os avanços da democracia e a participação popular.

Um dos temas mais criticados pela grande imprensa nos debates foi a realização da Confecom (Conferencia Nacional de Comunicação), em particular, propostas de controle social da mídia, centro do debate e alvo no Fórum do Instituto Millenium.
Dentre suas preocupações estão a proposta do Novo Plano Nacional dos Direitos Humanos, e o crescimento nas pesquisa da ministra Dilma Roussef.

O recado, em suma, é o seguinte: nada de povo e nada de lei nas comunicações brasileiras. "Quanto menos legislação melhor", disse Civita. ""No estágio atual, é melhor deixar tudo como está. O mercado tem conseguido resolver isso", garante Rosenfield. Para não parecer que o que se defendia ali era a lei da selva, Sidnei Basile, do Grupo Abril, sacou da cartola a palavra mágica: auto-regulação. "O que se pode fazer conosco só nós é que podemos definir (...) Faço o convite para uma cultura da auto-regulação e da prevalência da boa fé", disse. Di Franco emendou: "Não é o Estado que tem que ser o tutor da sociedade. O mercado e a auto-regulação fazem isso extremamente bem".

Segundo os representantes dos principais veículos de comunicação do país o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.

Em sua sanha contra a participação popular houve pérolas como essa: “O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (...) Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos. E a escolha do militante vai até a morte. (...) Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa”, explica Roberto Romano.

Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: assumam publicamente a candidatura que vão apoiar ...

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