sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Joaquim Roriz desiste de candidatura ao governo do DF e lança esposa

O ex-governador do Distrito Federal (DF) Joaquim Roriz (PSC) desistiu de disputar as eleições do dia 3 por causa da indefinição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o recurso contra a impugnação de sua candidatura. A informação é do advogado de Roriz, Eri Varela.

“A Justiça tardia é injustiça. O STF, ao não decidir (sobre o recurso), perpetua a injustiça. O povo do DF não pode esperar.” A votação do recurso de Roriz terminou empatada na madrugada desta sexta-feira (24) por cinco a cinco.

Varela confirmou que o político indicou a sua mulher, Weslian Roriz, para concorrer ao cargo. Segundo o advogado, ela foi escolhida por ser “decente, digna e com facilidade em lidar com as causas sociais”.

Questionado se Weslian seria “laranja” de Roriz, ele disse “de forma alguma”. Eri Varela acrescentou que o DF não pode esperar a indicação de um novo ministro do Supremo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em substituição a Eros Grau, que se aposentou em agosto.

A decisão do STF sobre o caso de Roriz valerá para todos os outros casos semelhantes que chegaram ao Supremo, pois ganhou status de “repercussão geral”. Os posicionamentos darão base aos julgamentos posteriores sobre a Ficha Limpa, já que os ministros estão se posicionando sobre os principais aspectos relativos à constitucionalidade da norma.

A defesa de Roriz havia entrado com um recurso extraordinário questionando decisão anterior do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que negou seu registro de candidatura.

O TSE, que usou a Lei da Ficha Limpa, entendeu que Roriz é inelegível por ter renunciado ao mandato de senador em 2007 para escapar de processo no Conselho de Ética no Senado. Ele foi acusado de envolvimento em um escândalo de corrupção que poderia culminar na cassação de seu mandato.

A lei de iniciativa popular contou com a assinatura de 1,6 milhão de pessoas antes de ser aprovada pelo Congresso, em maio, e sancionada sem vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de junho

Abril.com

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