sábado, 27 de novembro de 2010

Sobre a possibilidade de extinção do curso de medicina da UFPA

O curso de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA) não está e nunca esteve sob risco de extinção. A garantia foi dada pelo reitor Carlos Maneschy ao comentar, nesta sexta-feira, 26, as determinações da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) sobre a Faculdade de Medicina, publicadas na edição da última quinta-feira, 25, no Diário Oficial da União.

A Sesu deu um prazo de 90 dias para que a UFPA informe os procedimentos adotados para o cumprimento das medidas firmadas no Termo de Saneamento de Deficiências, assinado em 2009, determinando o envio de relatórios semestrais de trabalho docente àquela Secretaria. Apesar de ainda não ter sido notificado oficialmente, o reitor da UFPA garante que todas as exigências do Termo, incluindo investimentos em infraestrutura, elaboração de novo projeto pedagógico para o curso e contratação de professores, estão sendo cumpridas pela UFPA. Ele ressalta que, desde maio deste ano, mês da última visita da equipe do MEC para avaliar as medidas adotadas na melhoria do curso, muitos investimentos foram feitos. “Referente ao corpo docente, já contratamos 14 novos professores efetivos e, até o fim do ano, vamos abrir concurso para contratação de mais dois ou três professores, totalizando 17 novos docentes, o que garantirá a total implantação do projeto pedagógico (iniciada no último mês de agosto)”, explicou. “As determinações (da Sesu) são resultado de uma avaliação que ainda não expressa todos os investimentos que fizemos. A realidade hoje é distinta do que era em maio, bem distinta, e para melhor”, completa.

Carlos Maneschy também destaca, entre os avanços, a oferta dos cursos de Doutorado em Oncologia e Ciências Médicas e a abertura de licitação, até o fim deste ano, para a construção do novo prédio da Faculdade de Medicina, que ficará no Campus do Guamá, em Belém, às proximidades do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza.
Surpresa - Tânia Costa, diretora da Faculdade de Medicina da UFPA, diz que a determinação do MEC foi vista com surpresa pela Faculdade, já que as propostas do Termo assinado com o MEC vêm sendo cumpridas pela Universidade. “De um modo geral, acreditamos que vencemos várias etapas que estavam no documento e estamos trabalhando muito no sentido de concretizar todas as propostas do Termo de Saneamento”, ressalta.

Visita – Para mostrar as mudanças ocorridas no curso de Medicina nos últimos seis meses, a UFPA pretende receber novamente os servidores do MEC na Faculdade. “Vou solicitar ao MEC que a comissão venha fazer uma nova visita no início do próximo semestre. Cumprimos grande parte das exigências e o que falta conduzir está sendo encaminhado ou será no semestre que vem”, garante. “Nós estamos dispostos a ter excelência no curso”, completa a diretora Tânia Costa.

Curso – Atualmente, cerca de 850 alunos estão matriculados no curso de Medicina da UFPA. O Termo assinado em 2009, que levou ao documento divulgado na última quinta-feira, é resultado da performance insatisfatória do curso de Medicina da UFPA no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), no ano de 2007. Em 2008, houve a divulgação da nota da UFPA – nota 2- e a partir daí, houve um esforço conjunto do MEC e da Universidade para sanar os problemas encontrados. O resultado do último Enade, realizado no dia 21 deste mês, ainda não foi divulgado. (Texto: Ana Danin - Assessoria de Comunicação da UFPA)

Nenhum comentário: