sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Saúde terá maior orçamento: R$ 77 bilhões em 2011


O orçamento do Ministério da Saúde para 2011 é o maior já registrado desde 1995, primeiro ano de governo Fernando Henrique Cardoso. Desde aquele ano, quando a dotação prevista para a área foi de R$ 91,6 bilhões, a verba para o setor se manteve na média de R$ 53 bilhões (em valores atualizados). Neste ano, a pasta comandada pelo médico Alexandre Padilha terá pouco mais de R$ 77 bilhões, segundo maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, logo atrás da Previdência Social, que ficou com R$ 291 bilhões

Da quantia fixada para o ministério, R$ 14 bilhões serão destinados a pagamento de pessoal e encargos sociais (funcionários administrativos, médicos, enfermeiros, etc.), R$ 58,4 bilhões servirão para custear despesas correntes (água, luz, telefone, etc.) do próprio Ministério da Saúde e de todos os órgãos vinculados à pasta (Fundação Nacional de Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária postos de saúde, hospitais, entre outros), e R$ 4,8 bilhões serão investidos na execução de obras e compra de equipamentos.

O principal programa orçamentário do Ministério da Saúde é, tradicionalmente, o de “assistência ambulatorial e hospitalar especializada”. Mais de R$ 36,3 bilhões estão previstos para a rubrica. Apenas a ação de atendimento da população em procedimentos de média e alta complexidade, que integra o programa, tem R$ 30 bilhões orçados. Outra prioridade do maior programa da pasta é a de estruturação de Unidades de Atenção Especializada em Saúde, que conta com cerca de R$ 1,9 bilhão previsto em orçamento.

O segundo programa do Ministério da Saúde mais bem contemplado com verba para este ano é o de “atenção básica em saúde”. Serão R$ 12,2 bilhões para custear o acesso da população rural e urbana à atenção básica, por meio da transferência de recursos federais, dentre outras finalidades.

Distribuição per capita de R$ 398 ao ano

Segundo dados do Ministério da Saúde, há dez anos o investimento público federal por habitante era de aproximadamente R$ 200 ao ano. Em 2006 a cifra alcançou quase R$ 220 por habitante ao ano. Se ao final deste ano os R$ 77 bilhões previstos fossem efetivamente utilizados, a média de gastos da saúde por habitante chegaria ao recorde de R$ 398 ao ano, ou R$ 33 ao mês, tendo como base a estimativa populacional de 2009.

O especialista observa ainda que o aumento da expectativa de vida da população brasileira também tende a onerar ainda mais os cofres públicos. “Vários motivos justificam tal tendência. Dentre eles está o envelhecimento rápido da população, com maior prevalência de doenças crônicas; a educação da população sobre seus direitos e sobre a necessidade de cuidar da saúde; a transição epidemiológica, entre outros”, explica.(Milton Júnior Do Contas Abertas )

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