Centrais sindicais, trabalhadores, estudantes e entidades dos movimentos sociais fizeram, nesta terça-feira (17). grande manifestação na porta do Banco Central, no centro da cidade do Rio para protestar contra a atual política de juros altos no Brasil. Cerca de 300 pessoas participaram do protesto que pediu uma redução mais radical da taxa de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) começou na terça (17) sua primeira reunião deste ano, que termina nesta quarta.
Para o secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, João Batista Lemos, “ao invés de um corte de 60 bilhões no orçamento feito pelo governo Dilma, nós defendemos que é preciso mudar de maneira radical a política macroeconômica desse governo. Nós temos os juros mais altos do mundo e uma política cambial que não favorece o setor produtivo. Por isso defendemos uma redução mais acelerada desses juros. Cada aumento dos juros é transferência de renda para o capital financeiro. Queremos um projeto nacional de desenvolvimento, com soberania nacional, valorização do trabalho e, consequentemente, menos juros”.
Segundo o presidente da CTB-RJ, Maurício Ramos, “não é possível continuar com os juros mais altos do mundo. Para crescermos é necessária uma redução drástica desses índices. Nós do movimento sindical, junto com o movimento social, vamos cobrar nas ruas essa mudança”.
O movimento social também marcou presença no ato, demonstrando a unidade das diversas entidades sindicais, estudantis e sociais, como a Ames, Aspuc, CMP, Conam, Federação de Mulheres Fluminenses, MAB-Nova Iguaçu, Ubes, UBM, UEE, UEES, UJS, UNE e Unegro.
Para o diretor da UNE, Edson Santana, “é necessário criar um projeto que sirva para o desenvolvimento do Brasil. Agora, nossa tarefa é aumentar a mobilização nas ruas e colocar em pauta as nossas reivindicações. Nossa opinião não é a mesma desse grupo de pessoas que quer manter os altos juros”.
Todas as entidades participantes prometem continuar pressionando pela redução das taxas de juros, buscando aumentar cada vez mais o número de pessoas no próximo ato, quando novamente o Copom deve se reunir.
Fonte: CTB-RJ
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