sexta-feira, 4 de maio de 2012

OBAMA o “Nobel da Paz”???


Fidel Castro Ruz

3 de maio de 2012

 

... Ao completar-se o primeiro aniversário do assassinato de Bin Laden, Obama compete com seu rival Mitt Romney na justificação daquele ato perpetrado em uma instalação próxima à Academia Militar do Paquistão, aliado dos Estados Unidos.

Marx e Engels nunca falaram em assassinar os burgueses. No velho conceito burguês os juízes julgavam, os verdugos executavam.

Não há dúvidas de que Obama era cristão; em uma das vertentes dessa religião aprendeu o ofício de transmitir suas ideias, uma arte que significou muito para ele em seu acelerado ascenso dentro da hierarquia de seu partido.

Na declaração de princípios da Filadélfia, em julho de 1776, afirmava-se que todos os homens nasciam livres e iguais e a todos seu criador concedia determinados direitos. Pelo que se conhece, três quartos de séculos depois da independência, os escravos negros continuavam sendo vendidos nas praças públicas com suas mulheres e filhos, e quase dois séculos depois Martin Luther King, prêmio Nobel da Paz, teve um sonho, mas foi assassinado.

O Juri de Oslo obsequiou seu prêmio Obama e tinha-se convertido quase em uma lenda. Não obstante, milhões de pessoas devem ter visto as cenas. O Prêmio Nobel Barack Obama, viajou aceleradamente ao Afeganistão como se o mundo ignorasse os assassinatos massivos, a queima de livros que são sagrados para os muçulmanos e os ultrajes dos cadáveres das pessoas assassinadas.

Nenhuma pessoa honesta jamais estará de acordo com os atos terroristas, mas por acaso o presidente dos Estados Unidos tem o direito de julgar e de matar; de converter-se em tribunal e ao mesmo tempo em verdugo e levar a cabo tais crimes, em um país e contra um povo situado no lado oposto do planeta?

Vimos o presidente dos Estados Unidos subindo a trote os degraus de uma empinada escada, em mangas de camisa, avançar a passos acelerados por um corredor e depois parar para impingir um discurso a um numeroso contingente de militares que aplaudiam com relutância as palavras do ilustre presidente. Nem todos aqueles homens nasceram cidadãos norte-americanos. Eu pensava nos colossais gastos que isso implica e que o mundo paga, pois quem se responsabiliza por esse enorme gasto que já ultrapassa os 15 trilhões de dólares? É isso que o ilustre Prêmio Nobel da Paz oferece à humanidade. 

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