A maioria dos ministros decidiu que a corte não deve tomar posição oficial em defesa do colega Gilmar Mendes
A consulta foi feita nos
últimos dias pelo presidente Carlos Ayres Britto, que concorda com essa
avaliação
VALDO
CRUZ
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
A
maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) avalia que a corte não
deve se posicionar em defesa do colega Gilmar Mendes ou contra o ex-presidente
Lula. Entre os magistrados, predomina o entendimento de que o encontro entre
Lula e Gilmar não foi um episódio institucional, mas pessoal.
A
posição foi tomada a partir de consulta feita nos últimos dias pelo presidente
do STF, Carlos Ayres Britto. No polêmico encontro, o petista teria pedido ao
ministro para tentar adiar o julgamento do mensalão, segundo a versão de
Mendes. Lula e o ex-ministro Nelson Jobim, o anfitrião do encontro, negam.
O
ministro Marco Aurélio Mello, o segundo mais antigo dos 11 integrantes do
Supremo Tribunal Federal, disse ontem considerar "legítimo" e
"normal" que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifeste sua
opinião sobre a data que considera mais conveniente para o julgamento do
mensalão.
"Admito
que o ex-presidente pudesse estar preocupado com a realização do julgamento no
mesmo semestre das eleições. Isso aí é aceitável", afirmou o ministro
entrevista à Folha de São Paulo e
ao UOL.